VELOZES E FURIOSOS 7 | CRÍTICA

Velozes e Furiosos 7
Velozes e Furiosos 7

O ano de 2001 apresentou uma nova franquia ao mundo. Naquela época, o assunto abordado pelo projeto apresentava carros tunados, policial disfarçado e corridas. É claro, os carros eram as grandes atrações. Entretanto, a surpresa mesmo  foi o carisma apresentado por um grupo de atores praticamente desconhecidos. E assim os títulos foram passando, alguns nomes ficaram ausentes e as corridas foram assumindo o destaque e colocando a velocidade como um verdadeiro cartão postal. A surpresa mesmo aconteceu em Velozes e Furiosos 4, quando o cenário mudou completamente. Os retornos dos primeiros nomes da franquia, incluindo Paul Walker e Vin Diesel, trouxeram um novo ar para aquele pequeno filme de corrida que virou uma poderosa franquia hollywoodiana. Passando por uma grande reformulação, a ação tomou conta dos roteiros seguintes e foi acompanhada de perto por um pouco de comédia, fugas alucinantes, cenas surreais e um verdadeiro sentimento familiar. Agora, após a produção ser adiada por muito tempo por causa da trágica morte de Paul Walker, Velozes e Furiosos 7 chegou aos cinemas.

Após os acontecimentos em Londres, Dom (Vin Diesel), Brian (Paul Walker), Letty (Michelle Rodriguez) e o resto da equipe tiveram a chance de voltar para os Estados Unidos e recomeçarem suas vidas. Entretanto, a tranquilidade do grupo é destruída de forma surpreendente quando Ian Shaw (Jason Statham), um assassino profissional, começa a buscar vingança por conta dos acontecimentos envolvendo o estado de saúde do seu irmão. E assim, ele começa uma verdadeira caçada aos envolvidos. Agora, a equipe liderada por Toretto terá que deixar a paz conquistada de lado,  tendo que se reunir novamente para evitar futuras mortes e impedir este novo vilão de alcançar o seu objetivo.

Para começar, o interessante é que a narrativa apresenta o seu vilão na primeira sequência de uma forma intimidadora e correta. Logo fica claro o perigo que ele pode trazer ao grupo, seja pelas suas habilidades ou determinação. A partir de então, o projeto vai acompanhando o grupo protagonista e mostrando cada um deles aos poucos, assim como os seus cotidianos e mudanças em suas vidas. De tal forma, quando as ameaças começam tudo parece ser um retorno ao passado. A partir de então, o que se observa é um grande desenvolvimento de ótimas sequências de ação, com um grande destaque para efeitos visuais, fotografia e uma direção certa para o gênero feita por James Wan.

O mérito dos últimos aspectos é ainda mais incrível quando a lembrança de que Paul Walker morreu se faz presente. Direção e fotografia foram perfeitas para evitar o rosto do protagonista em certos momentos, utilizando os melhores recursos para que sempre ficasse parecendo que era o ator no filme. Pra falar a verdade, são poucos os trechos que o espectador consegue perceber que um dublê (ou um dos irmãos) está interpretando o personagem Brian O’Conner.

É claro, mesmo no meio de muitas cenas perigosas e uma grande adrenalina envolvendo toda a produção, a família criada no decorrer dos filmes envolvendo Toretto, Letty, Mia, Brian, Roman e Tej sempre acaba ganhando o seu espaço de destaque. Eles agem assim ao longo de toda o projeto, seja em momentos engraçados, dramáticos ou no meio da uma ação desenfreada. Além disso, por vezes, esse sentimento e atitude pode até mesmo ser a motivação para os próximos passos dos personagens, enquanto em outros momentos é a válvula de escape certa para uma piada na busca por descontração. E sim, ela  claramente cresce neste capítulo.

Verdade seja dita: é um filme que funciona muito bem desde suas primeiras cenas. O sétimo título da franquia soube exatamente utilizar o que ela tem de melhor  desde o começo, mostrando a batalha de carros que apareceu lá em 2001, seguindo com a ideia de família e mudanças nas vidas de seus protagonistas e depois mergulhando de cabeça nos seus  momentos de ação e perseguições. E assim, a franquia prova novamente que é mais do que carros. Além disso, fica claro que todos conhecem o potencial daquilo em que estão envolvidos. O irreal é mais uma vez presente, sendo utilizado da melhor forma possível para criar uma grande e necessária adrenalina. O cômico, é claro, também se faz presente e necessário ao relaxar o público com boas risadas entre batidas, tiros e destruição com excelentes frases de efeito.

No fim, é aquele tipo de projeto bem desenvolvido e feito exatamente para divertir, com uma trama cheia de objetivos que vão sendo alcançadas com o passar das cenas. Jason Statham também foi o encaixe perfeito, servindo como um grande vilão para a franquia e também sendo o grande responsável por ótimas cenas com lutas envolvendo Dwayne “The Rock” Johnson, interpretando o gigantesco agente Hobbs, e Vin Diesel. E olha, o vilão convence tranquilamente ao sair no braço com os dois brutamontes. Para completar,  Velozes e Furiosos 7 fecha claramente um ciclo e abre outro com uma grande homenagem que irá agradar cada um dos fã conquistados por Paul Walker ao longo dos anos.

Classificação:

Amante de filmes, séries e games, criou o Jornada Geek em 2011. Em 2012 se formou em Jornalismo pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF), e a partir de então passou a fazer cursos com foco em uma especialização em SEO. Atualmente é responsável por desenvolver conteúdos diários para o site com focos em textos originais e notícias sobre as produções em andamento. Considera Sons of Anarchy algo inesquecível ao lado de 24 Horas, Vikings e The Big Bang Theory. Espera ansioso por qualquer filme de herói, conseguindo viver em um mundo em que você possa amar Marvel e DC ao mesmo tempo.