DRAGON BALL FIGHTERZ | O game que o anime merece

Dragon Ball, talvez, seja o anime de maior sucesso da história. Com mais de 30 anos de estrada, a franquia se mantém ativa no mundo dos games, entre idas e vindas, com diversos lançamentos aos longo das décadas. Na geração atual, por exemplo, tivemos Dragon Ball Xenoverse 1 e 2, que trouxeram histórias inéditas para a saga. Agora é a vez de Dragon Ball FighterZ, um ousado game de luta, que gerou um hype imenso desde que foi apresentado, por tudo aquilo que representa: uma volta às origens!

Produzido pela Arc System Works, responsável por títulos como Guilty Gear e Blaz Blue, o novo lançamento da Bandai Namco atende os requisitos para ser conhecido como “O” jogo de Dragon Ball, superando até mesmo a saga Budokai Tenkaichi, de PS2? Pegue suas sementes-dos-deuses, terráqueo! A review de Dragon Ball FighterZ começa agora!

Aquilo que se espera de Dragon Ball

Dragon Ball FighterZ é um jogo que entrega justamente aquilo que os fãs da franquia esperavam. Dinamismo nas lutas, humor, desafios e um fator replay bastante interessante. Além disso, o título conta com diversos modos, como Arcade, Online, Batalhas Locais e até uma arena para treino. Tudo feito com muito capricho para agradar aos fãs.

Para coroar, temos mais um Modo História inédito para a franquia. Dessa vez, somos apresentados à Androide 21, a grande vilã do jogo. Dividida em três arcos, a narrativa acontece como se fosse algo à parte de Dragon Ball Super, antes da saga de Goku Black e após o término do torneio contra o sexto universo.

Dragon Ball FighterZ
Foto: Divulgação

Uma estranha energia está bloqueando os guerreiros Z de usarem o máximo de poder, deixando-os vulneráveis à seus próprios clones. Alguém (você) conseguiu burlar isso e assumiu o controle do corpo dos heróis, inclusive transmitindo sua força para outros personagens. É até uma justificativa simples, mas que funciona como uma razão para os combates seguirem acontecendo e colocar personagens com uma enorme diferença de poder em condições iguais.

A única ressaltava em relação ao modo história são as cenas de diálogo. Enquanto as cutscenes são desenhadas como se fossem realmente o anime, os diálogos utilizam o mesmo motor gráfico do jogo e gera uma lentidão nos movimentos que pode incomodar os mais entusiastas por gráficos.

Dragon Ball FighterZ
Androide 21, a vilã do jogo. (Foto: Divulgação)

O kamehameha que você queria!

FighterZ é um jogo de luta. Os dois jogos Xenoverse, embora pensados como jogos de luta, eram mais um jogo de Dragon Ball. Foco em história, revisitar as sagas, muitos personagens e etc… Mas aqui, é tudo diferente. Com gráficos espetaculares e pensados para agradar fãs, definitivamente temos aqui um game com imenso potencial de sucesso estrondoso, e não só por isso.

A lista de personagens é seleta. Se você pensa em comandar as Forças Ginyu, Saibaiman ou os Cell Juniors, esqueça. Eles não são personagens selecionáveis. O mais fraco do anime que está presente aqui é Yamcha, mas com o balanceamento que a Arc System Works fez, até o fracote personagem tornou-se importante para o time.

Dragon Ball FighterZ

Eu falo time porque as batalhas, de modo geral, são disputadas em 3 vs 3. Você pode montar um time com personagens rápidos, baixos, altos, com dano alto, com defesa alta.. Não há nenhuma informação no menu sobre eles, mas quando você começa a testá-los, percebe que todos têm suas vantagens, até mesmo Kuririn e Nappa, por exemplo.

Por fim, o dinamismo das lutas, que eu já citei acima, merece uma atenção especial. As batalhas são rápidas, frenéticas e os personagens são como no desenho. Hit ataca à distância, Goku utiliza o teletransporte com frequência, Bills dá os seus tradicionais petelecos. É impressionante como o trabalho foi elaborado aqui. Ao invés de termos um set lotado de personagens, cada um dos que está presente no game foi cuidadosamente pensado para ressaltar a razão de estar aqui. Espetacular!

Dragon Ball FighterZ

A Genki Dama

A Genki Dama é, até onde sabemos, o golpe mais poderoso de Goku em Dragon Ball. E aqui, a Genki Dama de FighterZ é dividida em duas energias: o modo online e o modo arcade.

Com um netcode ímpar, as partidas pela grande rede são bem estáveis e rápidas. Podemos filtrar os adversários por jogadores do nosso nível e escolher com quem vamos duelar no lobby. Sem muitos lags e com facilidade de encontrar adversários, parece que os betas abertos serviram para a Bandai consertar os problemáticos servidores. Agora, tudo flui naturalmente.

Dragon Ball FighterZ

Já o modo arcade tem duas funções. Além de apresentar um nível de desafio alto, ele desbloqueia Goku SSGSS e Vegeta SSGSS, caso você não os tenha adquirido na PSN. É trabalhoso terminar dois modos, com diversas lutas, com ranking A ou superior, mas o esforço é recompensado com os dois melhores personagens do game até aqui.

Veredito

Dragon Ball FighterZ, eleito o jogo mais esperado da E3 2017, cumpriu aquilo que se esperava dele. Um jogo dinâmico, feito para os fãs do anime, mas que não deve nada a nenhum outro game de luta da atual geração. Com gráficos modernos, diversos modos e um fator replay absurdamente eficiente, a Arc System Works entregou um game completo no gênero.

Nota Surpreendente

Dragon Ball FighterZ está disponível para PlayStation 4, Xbox One e PC, via Steam. Uma versão para Nintendo Switch poderá chegar até o fim do ano. O título é encontrado com versões a partir de R$ 149,90. No Metacritic, o jogo ficou com média de 88 pontos.

*Review elaborado usando a versão de PS4 do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora.

Jornalista e fã de videogames desde criança. Já teve Mega Drive, Game Boy Color, PS1, PS2, PS3, PS Vita, Nintendo 3DS e agora tem PS4, PSVR e PC Gamer. Para ele, o melhor jogo da história é Chrono Trigger, mas Metal Gear Solid 3, Final Fantasy X, Red Dead Redemption 2 e The Last of Us completam o Top-5.