FOREVER | PRIMEIRAS IMPRESSÕES

Forever
Forever

A televisão é recheada de diversos gêneros, mas todos já conseguem apresentar programas de grande, média ou baixa qualidade. Aqueles que abordam a medicina já passaram por diversas fases, tendo como os destaques recentes House e Greys Anatomy. Os dois projetos apresentam dramas, sendo que a última, que ainda está no ar, consegue ganhar um destaque maior em cima disso. O mesmo vale para os títulos policiais, que sempre conseguem o destaque para seus personagens na mesma linha de construção. Contudo, no meio de tudo isso, é possível que exista novidades? E se uma série de TV conseguir misturar tudo isso, somando ainda ao estilo Sherlock de ser e uma pitada de ficção? É exatamente somando todas essas características que Forever chega, sem perder tempo para chamar a atenção do seu espectador.

 A trama acompanha acompanha o Dr. Henry Morgan (Ioan Gruffudd – saga Quarteto Fantástico, Ringer), um médico forense de Nova York, em sua viagem para encontrar à grande resposta da sua vida: como morrer? Henry possuí o dom da imortalidade, mantendo escondido de todas as pessoas, menos do seu melhor amigo e confidente, Abe (o vencedor do Emmy® e do Globo de Ouro Judd Hirsch — Taxi). A partir de tal ponto, o episódio passa a mostrar a vida do protagonista intercalando flashbacks e os dias atuais, explicando que de forma misteriosa tudo começou há 200 anos. Entretanto, tudo fica ainda mais complicado e misterioso quando ele se vê envolvido em um acidente de trem. Na investigação, o médico conhece a detetive do departamento de polícia de Nova York Jo Martinez (Alana De La Garza — Law & Order). Ela acaba descobrindo que o médico foi o único sobrevivente do acidente, mas a preocupação dele acaba sendo concentrada em um misterioso “fã” que parece conhecer o seu segredo.

É interessante ver como a narrativa de Forever percorre poucos personagens. Desde os primeiros momentos o roteiro vai selecionando cuidadosamente cada um dos envolvidos e o seu nível de conhecimento dentro da sua proposta. Apenas Abe conhece o segredo de Henry, então muito acaba passando por eles. Martinez acaba sendo um verdadeiro intermédio por diversas formas, principalmente pelo fato de desconfia muito do protagonista no início. Contudo, é utilizando tal conceito e conhecimento que o programa acaba misturando gêneros, sabendo medir a dose de investigação, medicina e drama em sua composição. Por enquanto, a ficção fica simplesmente por conta do fator imortal e o Dr. Lucas Wan (Joel David Moore) ainda fica um pouco fora do contexto, mas com a promessa de que pode ser importante para o futuro.

Os flashbacks também vão se mostrando necessários com o andar do capítulo, mostrando principalmente o momento da primeira morte há 200 anos, mas também focando em uma perda importante do personagem. São os aspectos diferentes que acabam transformando o programa em algo tão interessante. A busca e o estudo pela morte acabam dando um tom mais negro ao tema, mas acabam mostrando grande necessidade dentro dos acontecimentos e das abordagens construídas. O médico também utiliza sua imortalidade para a ciência, estudando até mesmo a intensidade das dores e aproveitando a mesma para construir possíveis soluções e determinar a causa de uma morte misteriosa no episódio-piloto.

A verdade é que o conteúdo acaba se mostrando interessante, mas o estilo da série de TV deixa o espectador na dúvida por um fato: e se cancelarem? A inteligência e os elementos para aguçar a curiosidade do espectador estão presentes, criando expectativas, mas apenas a audiência pode determinar sua permanência na grade. Pelo menos algumas questões ela já consegue levantar tranquilamente. Quem será o “fã” misterioso do Dr.? Ele será única ou existem outros? Será que ele vai conseguir reverter sua situação sobre a morte?  Além disso, o que pode ser esperado para o futuro? Qual será o envolvimento da detetive nas questões envolvendo o protagonista? Ela descobrirá o seu segredo? São ótimas perguntas que apenas ao longo da temporada podem encontrar suas respostas. Além disso, o mais interessante pode ser acompanhar os anos que passaram da vida de Henry, incluindo os principais acontecimentos e seus últimos anos, ao lado da pessoa que perdeu. Os motivos ainda não foram revelados, mas podem ter alguma ligação com tudo isso? Sem dúvida alguma, a curiosidade será uma característica presente de forma constante em Forever.

Amante de filmes, séries e games, criou o Jornada Geek em 2011. Em 2012 se formou em Jornalismo pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF), e a partir de então passou a fazer cursos com foco em uma especialização em SEO. Atualmente é responsável por desenvolver conteúdos diários para o site com focos em textos originais e notícias sobre as produções em andamento. Considera Sons of Anarchy algo inesquecível ao lado de 24 Horas, Vikings e The Big Bang Theory. Espera ansioso por qualquer filme de herói, conseguindo viver em um mundo em que você possa amar Marvel e DC ao mesmo tempo.