Gostando ou não, a sessão da tarde foi uma grande fonte de filmes e influência na vida das pessoas que nasceram na década de 80 e 90. Muitos títulos de grande expressão foram exibidos no horário, sendo que muitos deles deixaram suas marcas na vida das pessoas e são lembrados até hoje em momentos de nostalgia completa. Entre os projetos, Batutinhas, Jurassic Park, Goonies, E.T. e Gremlins são alguns daqueles que acabam ganhando um certo destaque quando são lembrados. No caso de Batutinhas, talvez tenha sido uma das maiores aventuras infantis apresentadas pelo cinema, com situações comuns virando uma verdadeira guerra entre crianças e o seu inimigo, criando uma abordagem de grandes polaridades em um simples grupo de garotos inocentes. Agora, anos após de lembranças e destaques envolvendo as situações construídas no original, chegou o momento do público conhecer Os Batutinhas – Uma Nova Aventura.
Spanky (Jet Jurgensmeyer), Alfalfa (Drew Justice), Darla (Eden Wood) e toda a turma agora tem uma nova missão: salvar a confeitaria da Vovó Larson (Doris Roberts) da falência. Tudo começa quando a vovó recebe uma carta do banco, fazendo com que o grupo passe a bolar diversos planos para arrecadas a quantia de 10 mil dólares. Com diversas ideias, eles tentam de todas as formas conseguir o dinheiro. Entretanto, após todas as tentativas acabarem se mostrando atrapalhadas, a maior esperança das crianças está no show de talentos da cidade, onde eles podem ganhar o prêmio referente ao que precisam e impedir os planos de um rico empresário que quer destruir a confeitaria, e o clubinho dos garotos que fica no quintal, para construir um grande estabelecimento comercial.
É interessante ver uma nova perspectiva e roteiro sendo trabalhado em cima de um título que alcançou o destaque com o passar dos anos. Tudo que é compartilha na nova aventura dos Batutinhas chama atenção pela semelhança dos aspectos com o primeiro filme, sabendo como guiar a trama com emoções dignas da idade e a busca inocente do grupo por soluções. A produção sabe muito bem como aproveitar cada aspecto, sendo digna as menções de que até mesmo os figurinos causam grande semelhanças com o elenco original. A direção também sabe como utilizar a proposta, guiando o caminho exatamente como deve ser, trabalhando sua fotografia e edição com simplicidade e eficiência no decorrer do conteúdo apresentado. De tal forma, as características tão aclamadas da época continuam se fazendo presentes.
É evidente que o grande truque de todo o título foi trabalhar em cima das semelhanças. Desde o começo não apenas a aparência, como características na atitude de boa parte do grupo lembram o elenco antigo. São também em cima dessas abordagens que tudo começa a ser desenvolvido aos poucos, tendo cada ação e ideia o seu tempo e colocação na tela. Entretanto, o mais surpreendente com tudo isso é a capacidade do atual elenco mirim conseguir alcançar o feito proposto. A desenvoltura de cada um é convincente o suficiente para chamar a atenção do espectador, conseguindo que o mesmo embarque em uma divertida aventura com um aspecto de viagem no tempo através do que é mostrado.
É sim um filme completamente inocente, que brinca novamente com romances infantis e sabe como abordar as rivalidades da idade. Por mais que exista um vilão, ele não é cruel. O egoísmo é o fator utilizado para tal desenvolvimento, mostrando ainda que tudo ali é único. São lembranças de um gênero passado, que aos poucos foi sendo exterminado da sétima arte e que agora faz falta. Ingenuidade é a palavra chave, mas não a única. Muitas emoções aguardam o grupo, que acabam tendo também seus motivos de superações em busca do seu objetivo. A esperança logo é introduzida em uma fórmula básica e eficiente. O ritmo também é prazeroso, não deixando com que a produção acaba se tornando chata. Um projeto muito bem guiado e pensando, feito para trazer lembranças e apresentar tal estilo ao novo público. Muitas aventuras, situações diversas, grandes emoções. É assim que Os Batutinhas – Uma Nova Aventura consegue conquistar a atenção que merece.
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