PANTERA NEGRA | CRÍTICA

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Nota Surpreendente

Pôster brasileiro do filme Pantera Negra
Divulgação

Ao longo dos seus 10 anos de existência, o Universo Cinematográfico da Marvel já foi responsável por diversos grandes filmes. Personagens como Homem de Ferro, Capitão América, Homem-Aranha, Hulk, Thor, Viúva Negra e muitos outros ganharam as telas, repercutindo na maioria das vezes de forma positiva e números e comentários do público. E desta vez, após ser apresentado em Capitão América: Guerra Civil, chegou a vez de T’Challa ganhar um filme só seu. Com uma campanha promocional crescente, além da superação de todas as suas estimativas iniciais, Pantera Negra finalmente chegou aos cinemas na última semana.

Começando com uma breve explicação sobre a história de Wakanda e um flashback, a trama logo corta para os dias atuais. Ambientada poucos dias após os acontecimentos de Guerra Civil, a trama acompanha T’Challa (Chadwick Bosemanretornando para Wakanda para ser coroado rei do seu país com o objetivo de seguir os passos do seu pai no comando da nação. Contudo, para isso ele deve passar pelo tradicional ritual. Enquanto isso, logo após o mesmo já estar sentado no trono, descobre-se o paradeiro de Ulysses Klaw (Andy Serkis), responsável por um grande roubo de Vibranium no passado. O rei então parte em busca de capturar o mesmo, iniciando assim uma série de acontecimentos que vão desde a decisão de salvar um estrangeiro membro da CIA, até as descobertas e consequências de um adversário a altura do novo soberano e Pantera Negra.

Para começar, vale destacar que o roteiro a nova produção da Marvel Studios, desde as suas primeiras cenas, entrega exatamente aquilo que prometeu. Com um flashback inicial de importância para a trama, o filme solo do rei de Wakanda é bem desenvolvido desde o seu início, executando com grande perfeição cada um dos seus elementos. A lembrança de tradições africanas se faz presente na trama desde o começo do filme do herói, seja através da sua trilha sonora, do figurino, ou até mesmo do combate tribal para lhe firmar como rei. E isso tudo, claro, acontece em seu contexto heroico e rodeado por diversas lendas.

Tudo em Pantera Negra é muito bem inserido de forma que equilibre os contextos de raça, representação, política, tradição e heroísmo. Talvez esse seja um dos projetos mais completos do gênero dentro de todos estes contextos, com uma direção impecável, uma fotografia recheada de vertentes diferentes, além de uma série de efeitos incríveis dentro de uma proposta que poderia ser o pesadelo de muitos, mas é tão bem feita que beira a perfeição nas mãos de Ryan Coogler.

O elenco também não deixa a desejar. Desde a liderança de Chad Boseman como o protagonista, a representatividade na produção fica clara. Mas o melhor de tudo? O talento ainda consegue um destaque ainda maior, tornando tudo muito natural. O elenco de toda a produção claramente foi escolhido no dedo, com interpretações incríveis de Danai Gurira, Forest Whitaker, Angela Bassett e tantos outros. Contudo, entre os coadjuvantes, os destaques ficam para Letitia Wright, como Shuri, a irmã de T’Challa e responsável por seus aparatos tecnológicos, além da certeira escolha e presença de Michael B.Jordan como o antagonista Erik Killmonger.

E é exatamente este o melhor ponto do filme: as questões envolvendo o seu antagonista. Acontece que desta vez não temos uma abordagem qualquer, mas uma questão muito clara e até mesmo motivações convincentes vindo do vilão de Pantera Negra. O seu caminho para vencer o protagonista, suas questões, e escolhas, tudo isso faz sentido dentro da trama, chamando atenção e criando uma grande expectativa para o seu desfecho. Se até antes do mesmo ser apresentado de forma clara tudo já estava correndo bem, após isso então as abordagens conseguem ficar ainda melhores.

A verdade é que Pantera Negra conseguiu alcançar o melhor resultado possível através de pequenas escolhas desde a sua concepção, até o momento da sua finalização. A trama é bem desenhada, desenvolvida no tempo certo, com introduções excelentes, mas uma execução feita de uma forma ainda mais eficiente. Cada momento do filme foi pensado por um motivo, seja ele por alguma representatividade que era necessária dentro da trama, ou pela sua abordagem envolvendo um herói. A luta entre os dois personagens também não fica para trás, equilibrando boas tomas de muita ação, tecnologia e um desfecho digno do gênero.

É certo afirmar que T’Challa veio para ficar, sendo a icônica frase “Wakanda Forever” apenas mais um reforço para podermos dizer claramente: vida longa ao Pantera Negra!

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Amante de filmes, séries e games, criou o Jornada Geek em 2011. Em 2012 se formou em Jornalismo pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF), e a partir de então passou a fazer cursos com foco em uma especialização em SEO. Atualmente é responsável por desenvolver conteúdos diários para o site com focos em textos originais e notícias sobre as produções em andamento. Considera Sons of Anarchy algo inesquecível ao lado de 24 Horas, Vikings e The Big Bang Theory. Espera ansioso por qualquer filme de herói, conseguindo viver em um mundo em que você possa amar Marvel e DC ao mesmo tempo.