Resident Evil 3 Remake | Review

Imagem de Jill Valentine no início de Resident Evil 3
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Resident Evil 3 Remake | Review

Após conquistar um grande público ao longo de vários anos com diversos títulos, a franquia Resident Evil voltou a chamar muita atenção com o lançamento do remake de Resident Evil 2 em 2019 como não vinha conseguindo há algum tempo mesmo com lançamentos recentes. E isso, é claro, acabou também criando expectativas para o futuro. Rapidamente rumores começaram a surgir sobre um remake de outro grande título da franquia da Capcom, o Resident Evil 3. E assim, meses depois, o projeto já está disponível para o público.

Como é de conhecimento dos amantes da franquia, a história se passa em setembro de 1998, durante os eventos de Resident Evil 2, mas agora tendo como protagonista a ex-oficial da S.T.A.R.S, Jill Valentine, enquanto ela tenta escapar de Raccoon City durante um apocalipse zumbi causado por um surto do T-Virus, criado pela Umbrella Corporation.

Acontece que Jill passa a ser caçada de forma implacável por um ser biologicamente inteligente conhecido como Nemesis, que tenta matar ela e todos os demais membros sobreviventes da S.T.A.R.S., grupo que presenciou o incidente na grande mansão que foi cenário do primeiro jogo da franquia.

Reformulação no jogo e novos gráficos

Desde a sua primeira cena, ambientada ainda no apartamento de Jill, o remake do terceiro capítulo de Resident Evil já consegue chamar a atenção do usuário por conta dos seus gráficos. Entretanto, esta não é a única novidade apresentada logo no início para a nova versão do game. Assim como aconteceu com projeto anterior, voltamos a ter a perspectiva sobre os ombros da personagem, nos apresentando assim uma visão quase que completa do seu ponto de vista.

Mas são os acontecimentos seguintes que chamam completamente a atenção do jogador para o que está por vir, já que desde as primeiras cenas temos um Nêmesis buscando cumprir o seu objetivo em eliminar Jill, e também uma Racoon City desenvolvida nos mínimos detalhes ao ponto de não ser possível apontar grandes falhas em sua construção.

Jill Valentine nas Ruas de Raccoon city em Resident Evil 3
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Um último ponto que também merece ser citado nesta reformulação é o fato de que Jill Valentine teve o seu figurino completamente repaginado. Ainda que usando o clássico tom azul em suas roupas, a nova versão da policial abraça de vez o empoderamento feminino. As roupas estão mais policiais, enquanto ela corre, se machuca, enfrenta explosões e situações ainda mais extremas ao longo da trama. Algo, é claro, que já conhecíamos sobre a sua história e perfil, mas que agora fica mais evidente.

Se ainda restava dúvidas, o remake de Resident Evil 3 é definitivamente o ponto alto de que teremos uma franquia recriada com uma mistura perfeita de novos gráficos com sua melhor jogabilidade.

A jogabilidade de Resident Evil 3

Entretanto, o ponto de vista de Jill Valentine não é o único da jogabilidade apresentada que merece ser destacado. Como vem acontecendo constantemente há anos, o sistema de tiro da franquia Resident Evil é mantido de forma tradicional, mas sempre buscando um ou outro aprimoramento necessário. E claro, isso não poderia faltar também nesta nova versão ambientada Raccon City.

Fica muito perceptível para algumas pessoas que o sistema de tiros passou por um aprimoramento desde Resident Evil 2, com o usuário conseguindo usufruir melhor da sua mira quando realiza disparos no momento correto. E claro, o tiro nas pernas dos zumbis continuam se destacando pela eficiência para uma fuga necessária e a economia na munição. Acredite, ela é CONTADA.

Por sua vez, o sistema de esquivas é uma faca de gumes. Se bem utilizado, e no momento certo, ele pode te fazer escapar de uma situação complicada. Entretanto, se você não souber aproveitar o seu timing, com certeza vai se machucar mais do que conseguir utilizar isso ao seu favor.

Além disso, também temos o não menos importante sistema clássico de combinações. Este não sofreu alterações, e nem deve sofrer justamente por conta da sua nostalgia. Ou seja, as combinações de ervas, pólvoras, e o que mais você conseguir encontrar pelo mapa, seguem disponíveis. Tudo isso, é claro, ao lado dos diversos e pequenos puzzles espalhados pelo mapa. Uma dica: lembre-se dos cadeados da delegacia.

Nêmesis em Resident Evil 3
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Duração do game menor que o esperado

Chegamos agora ao ponto que, com certeza, ao ponto mais negativo e que está gerando muitas discussões sobre Resident Evil 3: a sua duração. Como você já pode ter visto pela internet, o remake não apenas reformulou muitas coisas, mas também cortou fora uma boa parte da trama do jogo lançado originalmente para o Playstation 1.

As ruas mais largas e uma fuga mais facilidade do Nêmesis são até aceitáveis, mas é preocupante o fato de como a história foi tão encurtada. Todos os outros pontos são incríveis, então era a oportunidade de realizar algo grandioso, mas uma perfeição não foi alcançada.

E se não bastasse, enfrentar o grande rival de Jill também não é uma situação muito complicada para alguém que conhece a franquia, afinal ele tem pontos fracos extremamente claros desde o seu início. Ou seja, basta aproveitar o momento certo e a munição certa para o sucesso. Arrisco a me dizer que o primeiro confronto foi o mais difícil, e ele não é lá essas coisas.

Contudo, uma coisa simples a ser destacada é que o usuário fica frustrado com a duração do jogo pelo simples fato de que Resident Evil 3 consegue capturar a sua atenção de uma forma incrível através de uma imersão e pontos fortes perfeitos.

Jill e Carlos em Resident Evil 3

A presença de Carlos Oliveira na trama de Resident Evil 3

Enquanto Jill trava a sua guerra particular contra o Nêmesis, em certos momentos da trama também temos a presença de Carlos Oliveira ganhando um destaque necessário para o seu desenvolvimento. Desta vez, inclusive, o personagem é jogável em 2 momentos do remake de Resident Evil 3, algo que não acontecia no original.

O primeiro deles é ambientado na delegacia da R.P.D., o mesmo local em que a trama é iniciada com Leon S. Kennedy no jogo anterior. Ou seja, um local conhecido e de certa forma mais simples para quem acompanha a franquia, mas que pode ser um pouco mais complicado para aqueles que não aproveitaram o remake de Resident Evil 2.

Por sua vez, o jogador volta a controlar Carlos no hospital de Racoon City. Neste momento, inclusive, o jogo também apresenta algumas novidades e dificuldades. E claro, é sempre válido lembrar todo o cuidado do mundo com a munição. Ela pode parecer muita, mas acredite: é uma necessidade.

Um plus para os fãs do modo online

Enquanto a duração da trama é mais curta, o remake de RE3 vem também acompanhado do título Resident Evil Resistance. Uma ideia interessante da capcom justamente para os tempos de internet, em que funciona de uma forma já tradicional: um jogador controla o vilão, aqui nomeado como mistermind, enquanto outros 4 participantes tem o objetivo de escapar das suas garras.

Ou seja, algo que promete muita diversão, ainda mais se você estiver acompanhado por um grupo de amigos.

Jill Valentine em Resident Evil 3

Um Retorno satisfatório a Racoon City

A conclusão geral sobre o remake de Resident Evil 3 é que ele nos apresenta alguns dos pontos mais altos da franquia nos últimos anos, com o seu gráfico conseguindo superar até mesmo as lindas cenas mostradas ao público em Resident Evil 2.

Além disso, por mais que a duração também seja um problema, a sua trama continua sendo coerente dentro do universo desenvolvido desde o seu primeiro jogo. E é exatamente isso, é claro, que nos faz querer apenas aproveitar mais e mais essa experiência.

Por fim, com uma jogabilidade cada vez mais aprimorada dentro dos seus objetivos, o remake de Resident Evil 3 nos faz apenas torcer para que um novo capítulo da franquia seja lançado nos moldes originais, assim como também por mais novas versões de títulos que são amados pelo público.

*Review elaborado usando a versão de PS4 do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora.

Confira também: Remake de Resident Evil 4 está em desenvolvimento pela Capcom, afirma site

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Amante de filmes, séries e games, criou o Jornada Geek em 2011. Em 2012 se formou em Jornalismo pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF), e a partir de então passou a fazer cursos com foco em uma especialização em SEO. Atualmente é responsável por desenvolver conteúdos diários para o site com focos em textos originais e notícias sobre as produções em andamento. Considera Sons of Anarchy algo inesquecível ao lado de 24 Horas, Vikings e The Big Bang Theory. Espera ansioso por qualquer filme de herói, conseguindo viver em um mundo em que você possa amar Marvel e DC ao mesmo tempo.