Odiada por uns e amada por muitos outros, a série de maior audiência da televisão norte-americana chega a sua oitava temporada, mas foi ainda no final de julho que “The Big Bang Theory” voltou aos holofotes da tão esperada fall season. O barulho todo foi por conta das negociações salariais do trio principal (Jim Parson, Johnny Galecki e Kaley Cuoso) que atingiram o salário dos atores de Friends na última temporada da série. Isso porque “The Big Bang Theory” está garantido, pelo menos, até a décima temporada. Susto passado, a série voltou com tudo no último dia 22.
A sétima temporada terminou com Penny (Kaley Cuoco) e Leonard (Johnny Galecki) noivos (FINALMENTE!) e um Sheldon (Jim Parsons) perdido, sem saber como lidar com tantas mudanças. Nas últimas sete temporadas vimos os nossos nerds favoritos passarem por várias mudanças e amadurecimentos, mas nenhum percorreu uma estrada mais complicada que Sheldon. Resistente ao novo, vimos o Dr. Sheldon começar um relacionamento pra lá de estranho com Amy (Mayim Bialik), se importar mais com os outros amigos e até criar um laço amável com Penny. Quando a história envolve Leonard e a possibilidade dele se mudar do apartamento, Sheldon não aguenta e para isso resolve desaparecer por um tempo.
Isso nos leva ao episódio duplo da season premiere. Sheldon reaparece depois de rodar o país de trem (mas sem sair da estação) e após ser roubado no Arizona. Obvio, sobra pra Leonard e Amy busca-lo. Aliás, tanto Amy quanto Bernadette (Melissa Rauch) continuam sendo as melhores aquisições da série. Além de fazerem um clube da Luluzinha com Penny, ela fazem de Howard (Simon Helberg), Sheldon e até Raj (Kunal Nayyar) menos irreais e mais divertidos. Ainda na season premiere, Penny arruma um novo emprego e Sheldon vira professor na universidade, criando situações bem divertidas com Howard.
Apesar de oito temporadas, ainda acho “The Big Bang Theory” uma das melhores séries de comédia no ar. O modelo pode ter cansado muita gente, mas é interessante ver o crescimento daqueles quatro nerds bem estranhos e com sérios problemas de relacionamentos em homens nem tão maduros assim, mas cada vez mais evoluídos na arte da pessoalidade. Isso vale também para Penny, que deixou de ser apenas a vizinha bonita e fútil para uma personagem que cresceu, ganhou personalidade, atitude e hoje é tão essencial na série quanto o elenco masculino. A oitava temporada mal começou, mas espero risadas, muitas risadas e situações que empurrem os personagens ao amadurecimento, mesmo com muito medo.
