The Last of Us Parte II | Crítica

Ellie em The Last of Us Parte II
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nota surpreendente

Lançado em 2013 exclusivo para o Playstation 3, o jogo The Last of Us rapidamente se tornou uma grande febre entre os usuários do console, chegando ao ponto de ser considerado um dos maiores sucessos da geração em questão. Anos se passaram desde então, até que em 2016 o público foi surpreendido com o anúncio de uma continuação. 

De lá pra cá foram então apenas expectativas crescentes através da campanha publicitária de The Last of Us Parte II. A cada trailer os fãs do game criaram mais teorias e se empolgavam com as novidades, que agora finalmente está pronto para chegar ao mercado em 19 de junho. Antes disso, você poderá conferir abaixo o que achamos desta nova aventura. 

A premissa de The Last of Us Parte II

A trama do novo jogo mostra Joel e Ellie, agora aos 19 anos, vivendo em Jackson County, lugar onde Tommy e a esposa Maria, vivem há muitos anos. É neste lugar que suas vidas são estabelecidas, com Ellie tendo construído raízes e amizades com Jessie, e até mesmo começando a construir um envolvimento românico com Dina. E são todas essas questões que acabam fazendo a trama estourar. 

Acontece que durante uma patrulha nos arredores da cidade algo acaba dando muito errado e, após uma tragédia, Ellie passa a buscar vingança com uma disposição ao ponto de derrubar tudo e todos que cruzarem o seu caminho. Contudo, toda história conta com dois lados. E, apesar de toda a motivação da protagonista, ao longo dos cenários também conhecemos as motivações dos seus inimigos. 

Ellie no cavalo em The Last of Us Parte II
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Inovações e busca por vingança com Ellie mudam a dinâmica de The Last of Us Parte II

Partindo dos pontos destacados acima pela premissa apresentada, a maior mudança envolvendo The Last of Us Parte II é justamente o fato de que passamos a controlar Ellie, e não Joel, em um momento de bastante determinação na vida da jovem. Após ver a sua vida tomada por uma nova e gigantesca tragédia pessoal, a jovem não pensa duas vezes antes de buscar por sua vingança contra um grupo de Seattle, que mais tarde é conhecido como WLF. 

Entretanto, é somente chegando ao seu destino, e com a experiência envolvendo totalmente o clima do jogo, que percebemos que essa mudança de protagonista na trama é muito maior que o esperado. Ellie é completamente diferente de Joel, o que nos apresenta ainda recursos que até o momento eram desconhecidos. Ela é leve, rápida, e capaz de realizar funções que o seu parceiro parceiro de aventuras do primeiro jogo era incapaz. 

Com ela podemos explorar os cenários de forma diferente, além de abusar dos movimentos mais rápidos. Surpreender os inimigos no modo furtivo acaba ficando mais eficiente do que tentar lugar no corpo a corpo. E acredite, tentar lutar abertamente não é uma opção que você irá optar muitas vezes com a jovem protagonista justamente pelo fato de que ela é menor que a maioria dos seus inimigos.

E mesmo quando decidimos enfrentar nossos inimigos de frente, rapidamente percebemos que é melhor apostar em uma troca de tiros, ou até mesmo usar a velocidade da personagem para correr dos mesmos. Seja para se esconder, ou até mesmo fugir do conflito, este é um recurso extremamente viável de The Last of Us Parte II. Afinal, Ellie é mais rápida que a maioria dos inimigos.  

Ellie em ação em The Last of Us Parte II
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A vingança no meio de uma guerra de facções

Ainda falando sobre as dinâmicas e construções realizadas ao longo da trama de The Last of Us Parte II, vale destacar que o cenário com Ellie é diferente não apenas pela sua velocidade, mas também pelo gênero. Isso porque a trama faz com que você acabe caindo no meio de uma guerra de facções entre os grupos WLF (também conhecidos como Lobos) e Serafitas (ou Cicatrizes) enquanto controla a jovem, o que lhe exige mais ação e menos terror, com a presença dos infectados sendo de certa forma reduzida. Ainda assim, é isso também que mantém o foco no objetivo apresentado desde o início da trama.

É também por conta deste cenário que os recursos ficam mais interessante. E fique tranquilo, você saberá exatamente como usá-los. A dinâmica de criação de armamentos, kits médicos, melhorias de armas, e novas habilidades está igual ao que foi apresentado no jogo anterior, então não existem dificuldades neste ponto. E aproveite para abusar de todos os recursos como nunca.

Mesmo que queira poupar a sua munição, recursos para construções de outros artifícios é o que não faltam ao longo do cenários. Por muitas vezes eu passei por lugares em The Last of Us Parte II em que fiquei com materiais sobrando. Obviamente, não estou falando para você usar seus recursos de forma irresponsável, mas uma armadilha em um lugar ou outro não fará mal, e até tornará a jogabilidade mais prazerosa. 

Os novos infectados, mas um jogo com menos terror

Além disso, embora os inimigos acabem se tornando mais mortais por conta de toda a abordagem construída (o mesmo acontece através da perspectiva do jogador), é válido destacar que a trama se torna algo menos assustador. Isso porque o combate com humanos é mais comum ao longo dos cenários, o que também torna ainda mais interessante a dinâmica apresentada quando os infectados surgem. 

Contudo, quando eles entram em ação, a variedade de inimigos também aumenta em The Last of Us Parte II. Isso porque além de uma maior quantidade de estaladores também temos a introdução dos trôpegos, que conseguem incomodar bastante com seus estouros gasosos, e dos espreitadores. E apesar do segundo ser mais difícil de eliminar, já que são muito parecidos com os baiacus, e acabam sendo mais resistentes, a o terceira espécie acaba sendo extremamente mais chata. Afinal, como o nome sugere, eles não fazem tanto barulho antes do ataque. E no meio de tanta ação, os mesmos são os responsáveis pelos poucos jumpscares ao longo do título. 

Ellie na ciade de Seattle em The Last of Us Parte II
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Os Gráficos de The Last of Us Parte II

Esta é, sem dúvida, uma questão pela qual a curiosidade se tornou extremamente grande por The Last of Us Parte II. E o que posso afirmar é que não existirá uma decepção neste conceito, já que todos os detalhes e cenários são extremamente bem trabalhados. Vários easter eggs, como a presença de Playstation 3 em alguns momentos, também fazem com que você se impressione e acabe gostando ainda mais do que está vendo. 

Se não bastasse, temos também todo o cuidado com situações que ocorrem na rua, ou no meio de parques de Seattle. Por mais que o cenário seja completamente destruído por conta da temática em questão, tudo é construído nos mínimos detalhes. E um dos pontos que chamam muito atenção nisso envolvem as árvores, e até mesmo o mato crescente nas ruas abandonadas da cidade.

Outro ponto interessante é que temos mais interações com qualquer tipo de cenário, incluindo alguns jogos envolvendo pistas deixados nos mesmos, ou até o fato de que agora Ellie consegue quebrar diversos vidros e outras coisas. 

Ellie tocando violão em The Last of Us Parte II
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The Last of Us Parte II é um complemento da história e aperfeiçoamento do que foi apresentado anteriormente

Após uma espera de 4 anos desde o seu anúncio, The Last of Us Parte II entrega ao público tudo aquilo que prometeu desde o seu início. O mesmo apresenta uma ligação muito forte e necessária com o seu original, funcionando realmente como um complemento para a sua história. Isso, sem dúvida alguma, é um dos pontos mais fortes através do seu desenvolvimento. Todos os detalhes estão ali, fazendo com que você entenda aos poucos o seu caminho e desfecho. 

Além disso, a Naughty Dog também trouxe de volta aos seus usuários todos os elementos que deram certo do primeiro jogo. Seja visual, ou sua jogabilidade, tudo na trama do novo títulos é uma grande evolução do que já foi apresentado no original. A empresa soube explorar o que tinha de melhor, aperfeiçoando assim a experiência em sua trama, e fazendo com que este título seja também uma das melhores novidades do ano. 

The Last of Us Parte II é emocionante na dose certa, nostálgico quando necessário, aterrorizante em certos momentos, e recheado de ação. Mas, acima de tudo, também é uma excelente jornada na qual acompanhamos o desenvolvimento de Ellie no tom mais perfeito possível.

*Review elaborada usando a versão padrão do PS4. Cópia fornecida pela desenvolvedora.

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Amante de filmes, séries e games, criou o Jornada Geek em 2011. Em 2012 se formou em Jornalismo pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF), e a partir de então passou a fazer cursos com foco em uma especialização em SEO. Atualmente é responsável por desenvolver conteúdos diários para o site com focos em textos originais e notícias sobre as produções em andamento. Considera Sons of Anarchy algo inesquecível ao lado de 24 Horas, Vikings e The Big Bang Theory. Espera ansioso por qualquer filme de herói, conseguindo viver em um mundo em que você possa amar Marvel e DC ao mesmo tempo.