The Medium | Review – Vale a pena jogar?

Imagem promocional do jogo The Medium
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Classificação:

nota surpreendente

No meio de tantos gêneros construídos ao longo dos anos para os games, o terror sempre atraiu uma boa parcela do público através das suas mais variadas abordagens. Seja uma trama envolvendo zumbis como em Resident Evil, ou algo mais relacionado ao mundo sobrenatural como Silent Hill, sempre estivemos cercados de todo estilo de novidades. Obviamente, as duas franquia citadas sempre conseguiram se destacar neste meio. E claro, como todo início de geração, títulos surgem chamando atenção do público de todas as formas. E é explorando o terror de todas as suas formas que The Medium chega ao mercado para Xbox Series X | S e PC.

A trama de The Medium

Ambientado na Polônica, no ano de 1999, o jogo The Medium acompanha a história de Marianne, uma jovem adulta que no início da trama está enfrentando o luto da morte do seu pai adotivo, enquanto também devem prepará-lo para o seu enterro. Então, logo descobrimos que a mesma tem poderes de enxergar o mundo espiritual, tendo desenvolvido a sua habilidade e conseguindo colocar a alma dos mortos para descansar caso eles lembrem exatamente quem são.

Após se encontrar com Jack, o seu pai adotivo, no mundo espiritual, ela então recebe um misterioso telefonema solicitando que ela vá até um antigo resort que levava o nome de Niwa. Na ocasião, o estranho do outro lado afirma saber exatamente o que Marianne é. Tendo ficado curiosa o suficiente para ir até  local, Marianne então acaba descobrindo que o resort abandonado tem uma história macabra e recheada de mortes em sua existência.

É então neste momento que ela conhece Tristeza, o espírito de uma criança que está preso no local sem lembranças, traçando assim a motivação necessária para que ela decida conhecer a verdade sobre os terríveis acontecimentos que tomaram conta deste grandioso hotel no passado.

Gráficos e jogabilidade de um grande jogo para o Xbox Series X

Tristeza em The Medium
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O primeiro ponto que precisamos citar sobre The Medium é o seu gráfico. Trata-se de uma melhoria visual muito evidente para o jogador desde o seu início, apresentando até mesmo os pequenos detalhes de uma forma muito clara e conseguindo manter isso em boa parte do jogo. Tive poucas quedas de frames ao longo da história, sendo apenas uma delas extremamente evidente. No resto, o jogo conseguiu me surpreender positivamente de diversas formas. As imagens são perfeitas, e em certos momentos funcionam muito bem justamente pela forma como toda a sua direção e jogabilidade também é desenvolvida.

Por falar em jogabilidade, esta talvez seja a que o público de The Medium está satisfatoriamente acostumado. Muito disso, é claro, justamente pelo fato de que ele é claramente inspirado em muitas formas em clássicos de sucesso como Resident Evil e Silent Hill. A direção das câmeras são parecidas, os botões em suas maiorias tem as mesmas funções, e o mesmo vale para o inventário de Marianne. Combinações também existem aqui em certos momentos, o que nos deixa ainda mais próximo de algo que já funcionou extremamente bem para o gênero no passado. Um grande acerto, já que é algo que não necessitava de novidades.

Entretanto, mesmo pegando emprestado todos estes detalhes, The Medium consegue se tornar também uma experiência única para o jogador através de tudo o que é mostrado. E é este o ponto mais interessante de todos.

The Medium: Um passeio assustador pelo The Niwa Holiday Resort

Marianne em The Medium
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Com as ressalvas já feitas sobre gráficos e jogabilidade de The Medium, vamos ao que realmente interessa: o desenvolvimento do jogo criado pela Bloober. Sem entregar qualquer spoilers sobre a minha experiência com este novo título que estará disponível no Game Pass para Xbox Series X | S a partir de amanhã, 28 de janeiro de 2021, posso afirmar que este novo jogo de terror certamente tem uma das melhores histórias para o seu gênero nos últimos anos.

Cada detalhe da trajetória de Marianne contada ao longo de The Medium é extremamente bem elaborada e feita justamente para chamar a sua atenção. Desde o começo o único sentimento que ficou claro durante a minha experiência foi a necessidade de descoberta. Uma coisa é certa: eu queria saber o que estava acontecendo nos territórios do Niwa, o que tinha acontecido ali anteriormente, e como isso tudo estava interligado de alguma forma.

A cada passado que eu dava também tinha a sensação de estar experimentando algo que me relembrava muito sucessos antigos como Resident Evil e Silent Hill, mesmo que The Medium me apresentasse também alguns elementos únicos como a existência de dois mundos na vida da sua protagonista. E o mais interessante é que isso também é explorado de diversas formas, seja com a tela dividida e mostrando ambos ao mesmo tempo, ou nas soluções que temos que encontrar fazendo com que estes dois universos funcionem de forma alterada.

Claramente trata-se de um título também feito para que o jogador sinta uma forma ligação e imersão em seus acontecimentos. E tudo isso conta com um elemento que é a cereja do bolo: a trilha sonora de Akira Yamaoka, da franquia Silent Hill. Trata-se de um trabalho que realmente tem uma mensagem, e gosta de transparecer esses momentos através da música. Seja através de um novo plot twist apresentado (existem vários), ou de um momento de tensão, tudo foi extremamente bem construído com o único objetivo de criar esta conexão do público com a trama em desenvolvimento.

Vale a pena jogar The Medium?

O mundo espiritual em The Medium
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Se você, assim como eu, é fã do gênero de terror, então certamente precisa jogar The Medium. Ou melhor, indo mais além: se você é fã de uma boa história, então com certeza deve experimentar o jogo criado pelo estúdio polonês Bloober. É uma experiência única, e que não busca se aproveitar de jumpscares para lhe causar sustos constantes. Existem 2 ou 3 ocasiões com tal abordagem, principalmente no início, mas toda a experiência tem um objetivo completamente diferente.

A verdade é que este projeto é daquele estilo de jogo que você quer saber as respostas, nada mais. Você quer saber tudo o que aconteceu ali no passado, que fica preso ao ponto de buscar mais e mais respostas. Obviamente, com os perigos sempre estando atrás de você, em busca de impedir que isso aconteça. Existem grandes vilões também nessa trama, mas é interessante como todos eles tem as suas motivações.

Tudo é muito bem elaborado ao longo de The Medium, com cada detalhe impressionando cada vez mais. A construção dos dois mundos, os vilões, os acontecimentos envolvendo Marianne, a presença da tristeza, cada passado dessa história envolve um acontecimento. E, ao final, estão todas as respostas. Tudo começou com uma garota morta, mas o difícil vai ser conseguir esquecer o que nos foi entregue com tanto cuidado e excelência.

*Texto escrito a partir da experiência no Xbox Series X, com o código fornecido pela Bloober e Microsoft.

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Amante de filmes, séries e games, criou o Jornada Geek em 2011. Em 2012 se formou em Jornalismo pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF), e a partir de então passou a fazer cursos com foco em uma especialização em SEO. Atualmente é responsável por desenvolver conteúdos diários para o site com focos em textos originais e notícias sobre as produções em andamento. Considera Sons of Anarchy algo inesquecível ao lado de 24 Horas, Vikings e The Big Bang Theory. Espera ansioso por qualquer filme de herói, conseguindo viver em um mundo em que você possa amar Marvel e DC ao mesmo tempo.