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Contudo, vale lembrar também que um vilão esteve quase que sempre presente ao longo de 6 anos do projeto. Mesmo sem um rosto, a busca por Red John era o grande destaque em alguns momentos ao longo dos episódios, ganhando ainda mais ênfase naquele capítulo final de cada temporada. Foi assim até o momento envolvendo o seu mistério, criando expectativas e apresentando a solução esperada. Agora, quase uma temporada após tal momento, a última aventura de Jane e seus amigos chegou ao mercado Home Vídeo.
Na trama, com o assassino Serial Killer Red John descansando em paz, Patrick Jane finalmente está livre para deixar o seu passado para trás e planejar o seu futuro. Um recomeço com o FBI o coloca resolvendo casos de segurança máxima ao lado dos ex-agentes do Bureau de Investigação da Califórnia, Teresa Lisbon e Kimball Cho, dos novos colegas Jason Wylie e Michelle Vega, e do agente chefe, Dennis Abbott. E a florescente conexão com Lisbon aprofunda ainda mais o já intimo relacionamento pessoal e profissional entre os dois. Mas quando a femme fatale Erica Flynn ressurge do passado de Jane e outro sádico assassino em série entra em cena, assuntos do coração ficam em segundo plano por uma questão de sobrevivência.
O interessante em acompanhar no 7º ano da série de TV é exatamente o fato de que o seu roteiro tem uma pequena mudança por conta do relacionamento entre Patrick e Teresa. É claro, os crimes por episódios continuam, mas tal fato muda um pouco a abordagem em certos momentos. Também existe uma evolução para toda a trama envolvendo os seus personagens secundários, começando em introduções de novos nomes, o desenvolvimento maior de outros e mudanças que vão acontecendo em certos momentos com a aproximação do seu final. Acima de tudo, mesmo mantendo o seu clima já tradicional, o desfecho é um caminho certo.
Deixando Jane e Lisbon um pouco mais de lado em certos momentos, o roteiro também aproveita alguns momentos para mostrar um pouco mais de Kimball Cho. Além de ser um dos únicos 3 membros originais do elenco presente em todos os episódios do programa, o personagem vai ganhando um pouco mais de espaço, mostrando mais dos seus sentimentos e até passa a ter um envolvimento de professor e aluno com os agentes Jason Wylie e Michelle Vega. É um traço interessante, ainda mais quando é revelado todo o seu provável destino dentro do título. Enquanto isso, a relação dos dois protagonistas passa por certas tensões envolvendo medos do passado e apresentando alguns momentos de instabilidade e surpresas ao longo dos episódios.
A verdade é que The Mentalist é aquele tipo de série que tem a sua fórmula pronta para garantir exatamente o que quer: a atenção do público. Entretanto, desta vez isso saiu um pouco do foco envolvendo uma caçada que busca descobrir um assassino. Na verdade, aconteceu uma inversão interessante com o foco principal sendo em mostrar o destino de cada um dos nomes que o público acompanhou ao longo de sete anos.
E o mais interessante? Não atrapalhou. O roteiro tem um caminho correto, deixando uma mistura equilibrada de aspectos pessoais e profissionais tomarem conta da tela. Os medos estão ali, lembranças de tudo o que foi passado por seus personagens também, mas características como intuição, determinação e inteligência também marcam presença. Perdas também acontecem em um momento de reviravolta, dando um aspecto mais denso quando não era esperado, mas que também mostra ainda mais um lado obscuro e já esquecido no programa. É também com tal sentido que a busca por um novo e perigoso criminoso surge e faz com que o seu final seja tão cativante quanto o início, sempre dentro de tudo aquilo que o seu espectador tanto gosta.
Por hora pode ser considerado um adeus para alguns, mas para aqueles que possuem todos os episódios em casa…é apenas um até logo para Patrick Jane e todos os seus amigos.
