TRANSFORMERS – A ERA DA EXTINÇÃO | CRÍTICA

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Transformers – A Era da Extinção

 De fato a franquia de Transformers divide opiniões nos cinemas. Existem aqueles que gostam da adaptação pela infância, assim como também os que odeiam pelo mesmo motivo já que existem mudanças significativas. Além disso, outros gostam pelo gênero, enquanto outros não. A verdade é que em pelo menos uma coisa o público concorda: o primeiro capítulo dos Autobots e Decepticons na grande tela foi o melhor. Mudanças sempre existirão, sendo que por vezes a defesa pode ser necessária ao processo. Enquanto isso, com a produção executiva de Steven Spielberg, Michael Bay continua seu desenvolvimento da franquia nos cinemas. Agora, chega o momento de uma nova trilogia, com personagens humanos diferentes, mas muitos robôs gigantes ainda conhecidos do público. O quarto capítulo tem um nome interessante, submetendo as novidades: A Era da Extinção.

O filme começa com mais uma introdução dos tempos passados, mostrando acontecimentos ligados a história dos Transformers. Após isso, são mostrados restos congelados, para aí sim seguir sua trama. A humanidade está tentando se reconstruir cinco anos depois dos acontecimentos de O Lado Oculto da Lua, enquanto Autobots e Decepticons passaram a ser caçados e se esconderam em diversos cantos ao redor Terra. Contudo, um poderoso grupo de cientistas e empresários, na busca de aprendizado com as invasões passadas dos alienígenas, acaba ultrapassando as barreiras da tecnologia para além do seu controle. Ao mesmo tempo, uma nova ameaça alienígena coloca a Terra em sua mira.

Transformers tem um caminho complicado nos cinemas. O primeiro capítulo nos cinemas foi bem aceito, mas suas continuações não conseguiram o mesmo. Sendo assim, mesmo com grande bilheteria, o público começou a contestar o caminho dos robôs nos cinemas ao redor do mundo. Uma trilogia acabou, agora outra começa. Infelizmente, A Era da Extinção comete os mesmos erros de A Vingança dos Derrotados e O Lado Oculto da Lua. Mais explosões do que deveria, enquanto novos robôs são apresentados de uma forma rasa e falha, sendo utilizados com um aspecto desleixado na produção. Contudo, vale também ressaltar que mesmo com um caminho estranho, os efeitos evoluíram e se mostram cada vez mais grandiosos em cada cena.

O quarto capítulo, começando com novos protagonistas, tem pelo menos um pouco de cuidado para apresentar os humanos. Cade Yeager (Mark Whalberg) e sua filha Tessa Yeager (Nicola Peltz) são mostrados ainda em um tempo calmo, enquanto o filme mostra a caçada aos Transformers em outro núcleo. Contudo, logo os temas se encontram, assim como as explosões e  Shane Dyson (Jack Reynor), namorado da filha de Cade que aparece primeiramente só em vídeo, chega ao local para fechar o trio de protagonistas. É também de tal ponto em diante que as explosões e perseguições tomam conta da tela, tendo apenas um pequeno descanso para uma virada na trama relacionada ao personagem de Stanley Tucci.

Utilizando todas as características citadas, o novo projeto da franquia toma o rumo das outras continuações. No primeiro capítulo um conteúdo foi mostrado, personagens, incluindo Autobots e Decepticons, foram construídos de uma forma rápida e eficiente, para após isso evoluir para a busca comum. Tiros e explosões existiram, mas apenas em grande escala na fase final, com um grande e empolgante combate. Agora, quando um novo início era esperado através dessa perspectiva, os mesmos erros dos capítulos 2 e 3 acabam acontecendo. A coerência não existe e personagens antigos são ignorados, enquanto o passado é utilizado apenas em torno dos acontecimentos que são usados para construir a nova perseguição.

Até mesmo o mais jovem apaixonado por explosões e efeitos pode sentir a presença de exageros na trama. A busca por grandes batalhas é apenas crescente, sendo a maior prova disso a destruição que acontece em 80 ou 90% do filme. Caminhando para os Dinobots então, nem se fala. Grimlock e sua equipe estão presentes em A Era da Extinção, mas são pouco  utilizados, deixando muito a desejar no que poderiam contribuir para o crescimento do projeto. Com efeitos tão competentes, talvez um pouco mais de detalhes pudesse ajudar nos roteiros e transformasse tudo em uma produção com mais conteúdo de entretenimento do que já é, tendo um contexto melhorado. Transformers tem suas qualidades, mas elas estão escondidas sob explosões e a vontade de Michael Bay em se divertir com isso.

Classificação:
Regular

 

Amante de filmes, séries e games, criou o Jornada Geek em 2011. Em 2012 se formou em Jornalismo pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF), e a partir de então passou a fazer cursos com foco em uma especialização em SEO. Atualmente é responsável por desenvolver conteúdos diários para o site com focos em textos originais e notícias sobre as produções em andamento. Considera Sons of Anarchy algo inesquecível ao lado de 24 Horas, Vikings e The Big Bang Theory. Espera ansioso por qualquer filme de herói, conseguindo viver em um mundo em que você possa amar Marvel e DC ao mesmo tempo.