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Quando Walden Schmidt (Ashton Kutcher) quase chuta o balde, ele decide que já é hora de parar de esperar pela mulher certa a fim de viver uma vida mais significativa. Incapaz de adotar uma criança como pai solteiro, ele leva a questão até seu melhor amigo e hóspede de longa data, Alan Harper (John Cryer), e o resultado é um novo casal feito em Malibu. Mas será que o compromisso sem sexo deles mudará em algo o seu estilo de vida? À medida que Alan e Walden se esforçam para tornarem-se modelos de homens maduros para o seu adorável filho adotivo, Louis (Edan Alexander), não há como impedir esse feliz casal de fazer aquilo que eles mais gostam de fazer.
Para começar, a narrativa do último ano já é iniciada causando algumas repercussões mais sérias para alguns, enquanto outros apenas entenderam que se tratava de uma série de humor que nunca foi muito ligada aos princípios. De tal forma, não acredito que a intenção do roteiro tenha sido em ofender movimentos LGBT, mas apenas continuar causando certos impactos que sempre tiveram certo espaço dentro do título. Além disso, mesmo com tal polêmica, isso fez com que uma novidade chegasse: Louis. O filho adotivo de Alan e Walden apenas reforça algo que era sentido: a falta de uma criança fez com que um pouco da graça da produção fosse perdida. Não apenas pelo fato de que certas coisas caminhavam pelo humor negro ou politicamente incorreto e a presença infantil não entendia, mas também porque uma piada mais inocente também fazia parte do conteúdo antigo e gerava boas gargalhadas por isso.
A verdade é que com tal adição o programa vai voltando aos eixos, já que o ator mirim Edan Alexander consegue apresentar uma naturalidade ótima ao seu personagem e traz assim lembranças ao público de como a série era antigamente. A assim, além de tal abordagem, o envolvimento de Alan e Walden também ganha um destaque. Não apenas com outras mulheres, mas o comportamento dos dois consegue gerar boas gargalhadas por conta do falso casamento. Principalmente através do último Harper protagonista, já que suas ações envolvendo dinheiros e frases ditas de forma espontânea sempre acabam arrancando algumas risadas do público.
Dito isso, vale reforçar que o que chama mais atenção é a volta de um ótimo clima na série ao longo de quase todo o seu novo ano. Berta sempre tem o espaço com ótimas frases, enquanto Lindsey retorna e a Srta. McMartin vai aos poucos se tornando mais um nome interessante para a trama. Entretanto, nem tudo é perfeito no programa e Chuck Lorre perde a chance de entregar um desfecho como deveria ser para um programa no qual trabalhou ao longo de doze longos anos, ainda que entretenha em um bom tom até pouco antes da sua series finale.
A partir daqui, o texto contém leves spoilers sobre o final da série de TV:
Quando tudo parecia correto, o seriado estava se recuperando e caminhando para um final compatível com tudo o que tinha apresentado, o seu criador decidiu reviver dentro do roteiro as suas desavenças com Charlie Sheen. E assim, entregou ao final dois episódios que fizeram de tudo para conversar com o espectador, mas que deixaram muito a desejar exatamente por trazer para a tela questões envolvendo claramente algumas cutucadas em seu antigo protagonista.
Além disso, ele ainda fez questão de frisar várias vezes que tudo se tratava de uma série de TV e personagens citavam piadas do tipo: “Alan, se você sair da casa e o Walden ficar com o Charlie, acho que conseguimos ficar no ar por mais cinco anos”. E engana-se quem pensa que isso é tudo, já que existem muitas outras referências feitas por personagens até o seu final. Se não bastasse, a cena final consegue ser ainda pior do que o esperado. Com isso, por conta de sentimentos feridos do seu criador, um título que poderia ter recuperado sua credibilidade ao final acabou decaindo ainda mais.
