Assim como existem projetos com o formato escolhido de antologias, existem aqueles que trabalham o seu desenvolvimento através de cada temporada. Não é segredo que a grande maioria segue o segundo caminho, sempre deixando ganchos para o seu próximo ano e mostrando fatos ao longo de sua trama que podem repercutir lá na frente. The Walking Dead é exatamente assim, fazendo até mesmo com que os finais de cada um dos seus anos assuma um formato de grande repercussão. Situações são sempre mostradas ao longo dos roteiros, mas a agonia acaba ganhando grande destaque ao final, tornando a espera algo recheado de expectativas. Os anos passam, mas tal colocação não muda para o programa, que mesmo apresentando diferenças em sua adaptação vinda de HQs conquistou um grande público. As próprias mudanças criam situações de total desinteresse ou de expectativas, já que assim o espectador nunca sabe para onde o programa será guiado. Agora, com os protagonistas em uma situação de extremo perigo, o projeto retornou com sua 5ª temporada.
Voltando basicamente do mesmo ponto em que a 4ª temporada acabou, o novo ano de The Walking Dead começa mostrando seus personagens ainda presos em Terminus. Entretanto, paralelamente, o episódio também mostra Tyreese e Carol aos arredores do local, logo tomando conhecimento da situação e demonstrando atitudes para resolver o problema. É quando tudo parece perdido que uma chance de fuga toma conta do local. Uma explosão elaborada por Carol causa distrações, fazendo com que Rick e mais 3 membros do grupo consigam uma vantagem e liderem a fuga do local, agora invadido por zumbis. Recheado de adrenalina, logo uma reunião marca o episódio, com a descoberta de que Judith está viva. O grupo logo segue a sua caminhada e encontram um novo personagem, mas novas reviravoltas e caminhos estão apenas começando a ser traçados.
Como destacado, o título volta novamente em um momento de grande apreensão. Os vilões da série de TV também sempre foram destaques em suas publicações, encontrando tal posição por conta das decisões que são tomadas após suas aparições. A falta de um na segunda metade do ano anterior, por exemplo, acabou fazendo com que o foco mudasse para uma grande caminha de conhecimento e mudanças para cada protagonista. Agora, não mais.
Acompanhado de um final impactante, o novo ano retornou para ganhar o público e reanimar seus espectadores. As situações não demoraram para acontecer, acompanhadas de grandes momentos de adrenalina e decisões. Além disso, foram também as atitudes dos personagens em busca de liberdade que definiram o impactante primeiro episódio, mostrando um Rick Grimer líder como esperado há muito tampo, sendo ainda acompanhado de forma fiel por seus nomes de confiança. Um novo caminho foi traçado com tudo isso, causando união através da fuga e criando boas impressões. O segundo episódio pode até ter sido mais lento, mas foi responsável por introduzir mais um nome importante: padre Gabriel. E claro, finalmente revelar a identidade daqueles que comandavam o local destruído no grande retorno.
É com essa concepção reveladora de que os habitantes de Terminus eram os aguardados canibais que agora o projeto seguirá adiante. Medindo os acontecimentos HQs x seriado, logo uma caçada deve ser iniciada e um ritmo alucinante pode tomar conta da trama pelos próximos capítulos. Ou seja, a 5ª temporada promete ser a melhor já apresentada pelo título adaptado. Entretanto, mesmo com pontos possivelmente definidos, perguntas continuam no ar. Quais caminhos serão construídos? Teremos um grande caçada ou mais curta? O que a produção reserva como momentos de impacto? Até que ponto o arco deve seguir? Muitas adaptações e mudanças vão acontecer? Washington ainda deve aparecer na atual temporada? São questões que ficam abertas, mas fazem com que o desenvolvimento seja ainda mais interessante e misterioso para todos os espectadores. É claro, tudo depende de decisões que podem apontar erros ou acertos de The Walking Dead.
