BLACK MIRROR | Misterio e investigação nesse game de horror!

Black Mirror, da desenvolvedora THQ Nordic, trás um novo jogo de horror para essa geração de consoles. O lançamento é uma sequência da franquia de jogos point and click criada em 2004, batizada de “The Black Mirror”, que produziu outros dois jogos: “Black Mirror II” (2009) e “Black Mirror III” (2011), somente para PCs.

E como será que o título se saiu neste retorno? Confira a nossa review sobre esse game misterioso e intrigante, aqui no Jornada Geek!

Mistério

O jogo Black Mirror, que não tem nenhuma ligação com a série da Netflix com o mesmo nome, apresenta a história de David Gondor, que é chamado para sua terra natal, uma cidade da Escócia, para receber a noticia que seu pai havia cometido suicídio. Com isso, uma série de eventos misteriosos começa a acontecer e David investiga algumas abordagens sobre o passado do seu pai. É aí que o jogo começa.

É interessante acompanhar a história para quem gosta de investigação e mistério, por isso não posso dar nenhum tipo de spoiler. Com vários personagens intrigantes e sombrios, o jogador é colocado em posto para confrontar esses aspectos enigmáticos que perpetuam tanto na história, quanto na jogabilidade de Black Mirror.

BLACK MIRROR | Misterio e investigação nesse game de horror!
Foto: Divulgação

Podemos encontrar alguma semelhanças em algum conto de horror de Edgar Alan Poe ou um livro de mistério de Stephen King, como casa mal assombrada, espíritos e coisas do gênero. Isso chegou a me deixar bastante animado com o jogo, mas, ao jogar, vi alguns problemas bem significativos.

Falhas

A mecânica é bastante simples. Pistas são colocadas a disposição da câmera do jogador, para levar a sequência e progressão do jogo. Uma pista leva a um objeto, ou cenário, e por aí vai. Vários quebras-cabeças são dispostos para o jogador, cada um com sua dificuldade diferente, demandando mais ou menos tempo para completá-lo. Todas fazendo parte de um grande enigma que permeia a história como um todo.

BLACK MIRROR | Misterio e investigação nesse game de horror!
Foto: Divulgação

Não sou muito de apontar defeitos de gráficos. Reconheço o trabalho dos artistas por volta desses projetos, então dificilmente vou colocar como ponto negativo, ao menos que isso interfira em algumas partes do jogo. Não aponto baixa qualidade gráfica em termos visuais estéticos dessa nova geração, mas em Black Mirror, esses defeitos tornam-se bugs, que confundem e se misturam aos personagens e cenários, ainda mais com a visão em terceira pessoa.

Isso, somado aos erros da própria jogabilidade, onde vimos alguns objetos em cena flutuando, personagens “de pé sentado na cadeira”, entre outras bizarrices, quebram a imersão do jogo com uma história tão bacana e envolvente. Gostaria de me sentir mais parte do jogo, com vontade de resolver o mistério de uma forma natural, não me sentindo frustrado com esse tipo de situação.

BLACK MIRROR | Misterio e investigação nesse game de horror!
Foto: Divulgação

Veredito

Essas falhas me deixaram bastante frustrado, pois ao invés de me preocupar com a trama principal, via um personagem com bordas brancas pixalizada e um render com baixa qualidade, ou um personagem conversando com o rosto virado para a direção oposta, enfim, vários problemas técnicos que com uma revisão um pouco mais criteriosa, poderiam serem corrigidos.

Para um game que foi atualizado para essa geração de consoles, não vi esse carinho e cuidado como deve ser feito. Foram coisas básicas, que com um pouco mais de tempo gasto no teste de jogabilidade, poderiam ser corrigidas antes do lançamento. Vale como um livro pela história, pelo conto, pela trama, mas como jogo imersivo, deixou um pouco a desejar devido a essas falhas.

Nota Razoável

Black Mirror foi lançado no dia 28 de novembro, com versões para PCXbox One e PlayStation 4. No Metacritic, o jogo também não foi bem avaliado, ficando com média de 55 pontos na versão testada.

*Review elaborado usando a versão de PS4 do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora.