BLADE RUNNER 2049 | CRÍTICA

Classificação:

Nota ótimo

Blade Runner 2049 críticaEm tempos onde a maior parte do cinema mundial está focado em grandes blockbusters, alguns filmes se destacam pela história de seus antecessores, abrindo espaço para novas interpretações de uma mesma obra, reboots e sequências. E assim, agora a aguardada sequência de Blade Runner finalmente chegou aos cinemas recentemente.

A trama de Blade Runner 2049 se passa 30 anos após os eventos do primeiro filme, um novo blade runner, o policial de Los Angeles K (Ryan Gosling), descobre um segredo há muito tempo enterrado que tem o potencial de mergulhar o que resta da sociedade no caos. A descoberta de K o leva a uma missão para buscar Rick Deckard (Harrison Ford), um ex-blade runner que está desaparecido há três décadas.

Contando com um roteiro bem desenvolvido e com reviravotas, a dupla Hampton FancherMichael Green apresenta ao espectador uma trama que se estende ao longo de 2 horas e 44 minutos. Sob o comando confiante de Denis Villeneuve, o roteiro que teria todos os motivos para entregar uma experiência cansativa ao público, é surpreendente.

Aqui, o diretor consegue fazer com que o público não se perca em meio a narrativa e demonstra domínio em suas escolhas, revelando seus pontos de virada nos momentos certos para manter a atenção do público durante o longo tempo de filme. E talvez este último seja o único ponto que não trabalha em favor do longa, contudo, o mesmo também não funcionaria sem sua narrativa extensa.

Com uma atuação convincente, Ryan Gosling (K) entrega um personagem complexo e cheio de novas camadas que são descobertas ao longo das cenas. Sendo apresentados em pontos chaves da história, os personagens de Robin Wright (Tenente Joshi)Ana de Armas (Joi) Sylvia Hoeks (Luv) são os mais presentes ao longo do filme; sendo seguidos por Harrison Ford (Rick Deckard) e por fim Jared Leto (Niander Wallace).

Vale destacar que o retorno de Ford aparece como um recurso narrativo para a ligação entre os acontecimentos do primeiro Blade Runner e as descobertas de no início do filme. Já o personagem de Leto quase não é presente no longa, parecendo ser somente um vilão superficial e sem motivações convincentes para as suas ações em meio a tudo que é apresentado na trama.

Seguindo para a fotografia do longa, pode-se dizer que a mesma traduz muito do universo grandioso apresentado no filme. Roger Deakins explora em seus enquadramentos e cores a sensação de imensidão e solidão nas quais os personagens estão inseridos, sendo um dos principais pontos utilizados por Villeneuve para reforçar a sua narrativa.

Como seu antecessor, Blade Runner 2049 parece ser uma obra cinematográfica que permanecerá em discussão por tempos à frente. Além disso, o longa de Villeneuve não só vive como uma sequência, como também funciona como uma obra única. Por fim,  a produção aborda temáticas tão importantes quanto a primeira, colocando em um universo tão futurístico, questões atual sobre a vida humana.

Aproveite e assista os comerciais do filme.

O elenco do filme é formado por Ryan Gosling, Harrison Ford, Mackenzie Davis, Sylvia Hoeks, Robin Wright, Hiam Abbass, Ana de Armas, Lennie James, Carla Juri, Barkhad AbdiDavid Dastmalchian, Jared Leto e Dave Bautista.

A direção do longa ficou a cargo de Denis Villeneuve (Sicario: Terra de Ninguém), já o roteiro foi escrito por Hampton Fancher e Michael Green.

Blade Runner 2049 já está em exibição nos cinemas brasileiros.

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Apaixonada por cinema e interessada nos bastidores e curiosidades por trás de filmes, games e séries, se formou em Rádio, TV e Cinema em 2017. Seu jogo favorito é The Last of Us e dentre seus títulos favoritos estão as séries 24 Horas, Friends e Bones; a saga Harry Potter; e a animação Avatar: A Lenda de Aang.