A KONAMI, aproveitando o sucesso de outras publishers ao relançar pacotes de jogos clássicos, tratou de usar uma data comemorativa para (re)lançar títulos antigos de suas principais franquias. Foi assim que chegou, em abril, a Konami 50th Anniversary Collection, que já nos trouxe a Arcade Classics Anniversary Collection (Veja aqui a review!). Agora chegou a hora de testarmos o segundo pacote de jogos: Castlevania Anniversary Collection, que chega cheio de expectativa, não somente pelo nome, mas também pelos jogos que fazem parte dessa coletânea – jogos antigos da franquia Castlevania e outros exclusivos de regiões ou consoles.
Aqui vou apresentar um pouco sobre esses games – contando um pouco sobre a experiência em poder jogá-los – para as novas gerações, em mais uma review do Jornada Geek!
Tópicos do conteúdo
Castlevania (1987 – NES)
Não querendo usar um clichê tão antigo e brega, mas não tem outro jeito: “O primeiro a gente nunca esquece”. É uma forma bem especial de retratar o primeiro jogo da franquia. Apesar da mecânica simples e dos gráficos de NES, a carga emocional contam muito para poder dizer que esse jogo é obrigatório para quem quer desfrutar de toda experiência que a franquia pode oferecer.
Castlevania II Simon’s Quest (1988 – NES)
O segundo capitulo da franquia adicionou algumas melhorias, das quais vale a pena a destacar a maior interação com NPC’s e o melhoramento gráfico. O jogo traz também um novo sistema de exploração que muda a forma na qual o jogador explora o cenário.
Assim como no primeiro, como já diz o titulo, o personagem principal é Simon, que (spoiler alert!) achou que havia derrotado o Drácula após o termino do jogo anterior. Com a descoberta de que não tinha conseguido alcançar seu objetivo por completo, Simon sai a busca das partes do Drácula para poder acabar com a maldição que foi colocada sobre ele.
Castlevania III Dracula’s Curse (NES, 1989)
Esse foi o ultimo título lançado para o Nintendinho, e a história dele é a volta de Drácula sendo nessa história, apresentado novas personagens importantes, como o Alucard, Sypha Belnades e Grant DaNasty.
Logo de inicio, percebe-se que o game volta a adotar o sistema de plataforma, como o primeiro, mas poder jogar com até quatro personagens diferentes torna o jogo bem diferente dos outros.
Super Castlevania IV (SNES, 1991)
O titulo foi o primeiro a sair para uma plataforma diferente – de grande porte – e com isso, todas as evoluções que seguiram a mudança. Novos gráficos, recursos mais avançados, comparados as versões de Nintendinho e Gameboy (GB) que já haviam sido lançados.
Além da parte e evolução tecnológica, a história também possui novidades, como o retorno de Simon na trama e também novos cenários fora do castelo, além das já tradicionais trilhas características dos jogos da franquia. A mecânica do jogo também teve um salto grande, como por exemplo, poder controlar as direções da arma do Simon, o melhor aproveitamento dos cenários, entre outras coisas que foram possíveis com a mudança de plataforma.
Castlevania: The Adventure (Game Boy, 1989)
Apesar de possuir um layout mais simples que os três jogos anteriores a esse, o primeiro porte da franquia Castlevania para uma plataforma portátil marcou uma nova perspectiva. Agora era possível jogar em qualquer lugar e desfrutar de toda a história desenvolvida.
Na história, é apresentado um “novo” membro da família Belmont, o bisavô de Simon – Christopher Belmont. Por se tratar de um jogo para GB, alguns recursos foram retirados, como o uso de arma secundária e também os estágios foram reduzidos (o jogo normalmente era longo para a época).
Castlevania II: Belmont’s Revenge (Game Boy, 1991)
Como já era de se esperar, o segundo titulo que foi lançado para GameBoy teve grandes avanços em relação ao primeiro que saiu dois anos antes. Graficamente as mudanças são perceptíveis, apesar da limitação do console. Foram reinseridos o uso de armas secundárias – Holy Water e Machado – e os corações voltaram a ser usados para o uso das mesmas. A exploração dos quatro cenários podem ser feitos a gosto do jogador, não existem ordem para ser concluídos.
A história desse jogo é uma sequência do seu antecessor, Após o Dracula ter sido derrotado por Christopher Belmont, o vilão joga uma maldição na família Belmont e 15 anos mais tarde ele sai de seu esconderijo, sequestra o filho de Christopher, Soleiyu, e o transforma num demônio.
E agora iremos trazer os jogos “exclusivos” dessas coletânea, que anteriormente não havia sido lançados para outras plataformas e nem para outras regiões:
Castlevania: Bloodlines (Mega Drive, 1994)
Castlevania: Bloodlines era exclusivo de Mega Drive/Genesis até então e seu lançamento para outras plataforma era considerado difícil pelos executivos da KONAMI. E, curiosamente, ele só chegou ao console porque a KONAMI se viu “obrigada” a investir e fazer o tão esperado lançamento na nova plataforma. Desde então, o jogo não havia sofrido nenhum porte e por isso, joga-lo era bem difícil.
O título possuí gráficos extremamente bonitos para a época e sua mecânica, juntamente com a jogabilidade (resposta da manete), é bem intuitiva. Já no início, poder escolher o personagem no qual será jogado mostra que o jogo será diferente de todos que haviam sido lançados até então.
Os recursos presentes já são bem semelhantes aos encontrados na versão mais famosa da série, o Castlevania Symphony of The Night, e traz inovações como o de poder pular de cima de uma escada e movimentos mais elaborados. E o mais marcante é a retirada do tempo para que os estágios fossem concluídos.
Kid Drácula (NES, 1990)
E por ultimo, mas não por isso menos importante, vamos falar do lançamento mais icônico da coletânea de aniversário. Kid Drácula foi um spin-off lançado apenas para o Japão para o antigo Famicom.
Nessa história, Kid Drácula acorda após dormir por anos, só para descobrir quem foi o monstro que o havia desafiado – Garamoth. Composto por nove cenários distintos, com gráficos leves e bem descontraídos, o game atraiu um grande público à época.
A mecânica segue o padrão da franquia, com o diferencial de que o Kid tem um sistema similar ao de Mega Man – ele consegue juntar poder e lançar uma força maior se canalizar por mais tempo. Ao final de cada cenário, é possível encontrar alguns mini-games, no qual gasta-se as moedas coletadas durante a fase – consegue-se as moedas matando os oponente com o poder canalizado.
Veredito
A coletânea dos jogos Castlevania, diferente do que poderia se esperar, não traz nenhuma novidade nos gráficos ou nenhuma melhoria, se trata basicamente de um porte para as gerações atuais. Dito isso, preciso de deixar bem claro que, apesar de ser “apenas” um porte, isso não tira nenhum pouco a excelente experiência em poder joga-los e desfrutar de toda a história dessa franquia tão aclamada.
Uma das coisas que mais me surpreendeu, foi conseguir jogar todos os jogos com um controle na Steam, sem que eu notasse algum input lag, o que poderia atrapalhar a jogabilidade.
Castlevania Anniversary Collection foi lançado no dia 16 de maio de 2019 para PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC, via Steam. O título possuí interface apenas em inglês e japonês. No Metacritic, o game alcançou 81 pontos em sua versão de Switch.
*Review elaborado usando a versão de PC do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora.
