Como os jogos e a IA estão totalmente ligados ao longo dos anos

Como os jogos e a IA estão totalmente ligados ao longo dos anos
Foto de Anthony por Unsplash

A fundação dos jogos eletrônicos é estruturada por alguns principais alicerces, muitos dos quais acabam não sendo explorados individualmente. Um deles, sobre o qual vamos falar, são as IA.

É praticamente impossível desvencilhar os videogames como os conhecemos hoje daqueles que nos trouxeram até aqui. Embora existam poucas similaridades entre os primeiros jogos eletrônicos e os videogames modernos, alguns elementos se mantiveram constantes a cada nova geração de consoles.

As inteligências artificiais são um dos principais exemplos. Atualmente nós ouvimos o termo “IA” diretamente relacionado a serviços como o ChatGPT e o Dall-E, mas a verdade é que a história dessas tecnologias é tão longa e rica quanto a história dos videogames, uma jornada de mais de meio século.

A fim de compreender como as IA e os jogos eletrônicos estão interligados, é interessante fazer um apanhado geral de seus primórdios e dos principais usos observados na indústria. De maneira explícita ou sutil, as inteligências artificiais são essenciais para que os videogames entreguem entretenimento.

Os primórdios das inteligências artificiais

Existe algum debate em relação a qual foi o primeiro jogo de videogame desenvolvido no mundo, mas a maioria dos estudiosos da área considera o título “Tennis for Two”, lançado em 1958. O mais surpreendente? As inteligências artificiais têm primórdios bem próximos, datando da década de 1950.

Alan Turing, matemático e cientista considerado o pai da comunicação, plantou as sementes das IA ainda nessa época, através de exercícios filosóficos. Uma pesquisa da ExpressVPN informa que o conceito foi expandido em décadas posteriores, por grandes nomes da ciência, como Arthur Samuel.

Nos primeiros anos das inteligências artificiais, elas foram extensamente usadas como oponentes em jogos eletrônicos contra humanos, sendo o principal deles o xadrez. Esse uso particular é mantido até os dias de hoje, proporcionando desafios offline impossíveis sem o auxílio de uma máquina pensante.

Os principais usos das IA nos jogos eletrônicos

Um dos maiores usos das IA nos jogos eletrônicos é aquele mencionado no exato parágrafo anterior: como oponentes. Embora derrotar um oponente humano seja uma experiência única, a maneira como as IA são programadas permite que elas ofereçam experiências individualizadas para cada jogador.

É alguém sem muita experiência com jogos eletrônicos? Sem problemas, as IA podem pegar leve em uma dificuldade “Easy”. Busca um desafio além daquele proporcionado pelo jogo regular? A IA também é sua amiga, basta escolher o nível “Hard” e observar como o oponente prevê suas jogadas.

Isso sem mencionar usos mais tangenciais, como a criação de personagens não-jogáveis, geração de ambientes aleatórios de maneira automática e melhorias técnicas diversas. Curiosamente, essa perspectiva coloca a IA duplamente como a nossa maior oponente, mas também a melhor aliada.

Usos curiosos das IA em jogos

Com um histórico tão longo, é natural que as IA já tenham sido usadas de maneiras completamente originais no mundo dos jogos. Um exemplo é “Metal Gear Solid”, título lançado para o Playstation em 1998. Nele, um dos inimigos é capaz de citar informações sobre os jogos salvos no seu memory card!

Em “Yu-Gi-Oh! Forbidden Memories”, o computador é capaz de ler os inputs e movimentos do jogador e adequar suas estratégias de acordo. Escolheu uma carta buscando “passar a perna” no inimigo? Pois você vai precisar pensar em outra solução, já que a IA sabe exatamente o que tem planejado.

E esses são apenas alguns usos. Jogadores mais experientes podem considerar algumas dessas utilizações uma forma de “trapaça”, o que é uma observação justa, mas um pouco simplista. Desde que a experiência do usuário seja aprimorada pela presença dessas tecnologias, não existem regras!

É difícil afirmar o que o futuro das inteligências artificiais reserva para o mundo dos jogos eletrônicos, mas as possibilidades são infinitas. Enquanto o entretenimento continuar sendo o foco das inovações, as experiências se tornarão mais individualizadas e acessíveis para os mais diversos perfis de players.

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Amante de filmes, séries e games, criou o Jornada Geek em 2011. Em 2012 se formou em Jornalismo pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF), e a partir de então passou a fazer cursos com foco em uma especialização em SEO. Atualmente é responsável por desenvolver conteúdos diários para o site com focos em textos originais e notícias sobre as produções em andamento. Considera Sons of Anarchy algo inesquecível ao lado de 24 Horas, Vikings e The Big Bang Theory. Espera ansioso por qualquer filme de herói, conseguindo viver em um mundo em que você possa amar Marvel e DC ao mesmo tempo.