DRAGON QUEST XI | Uma verdadeira obra-prima

Eu já falei algumas vezes aqui que sou fã de JRPGs. Chrono Trigger, por exemplo, foi um dos jogos que marcaram a minha infância. Então, imaginem minha surpresa, alguns anos depois, quando descobri que Akyra Toriama, o “pai” de Goku, meu herói de infância, era um dos criadores daquela saga e, mais do que isso, também tinha assinado Dragon QuestO tempo passou, a adolescência chegou e, com ela, o conhecimento sobre games. Fui correr atrás dos jogos da franquia e encontrei Dragon Quest VIII: Journey of the Cursed King, um JRPG que consumiu quase 90h da minha adolescência para terminá-lo, isso em 2005. Eis que, mais de dez anos depois, o ocidente enfim receberia uma versão para console da linha tradicional da franquia: Dragon Quest XI: Echoes of an Elusive Age, fruto desta análise.

Eu estava hypado pelo jogo. Acompanhei as análises da versão japonesa, que alcançou nota máxima na tradicional revista Famitsu. E felizmente, posso dizer que Dragon Quest XI entregou tudo aquilo que eu esperava, e mais um pouco. Vem comigo, é hora de mais uma review do Jornada Geek!

História digna da série

Dragon Quest XI: Echoes of an Elusive Age traz uma história original, que não está ligada com nenhum outro título da franquia. Ou seja, se você nunca jogou a série, pode começar aqui sem problema algum. Você é o Luminary, a reencarnação de um lendário herói, responsável por ter salvo o mundo em um passado distante. Mas, onde há luz, há sombra. E essa sombra atende pelo nome de Mordegon, o Lorde das Trevas.

Todo JRPG é baseado principalmente por ter uma boa história como pano de fundo, e Dragon Quest XI não é diferente. Envolto por bons companheiros e em busca de respostas sobre a misteriosa marca na mão do protagonista, você parte em uma aventura única, repleta de reviravoltas, personagens marcantes e todo o sistema que fez a franquia atingir um respeitado patamar no hall de franquias históricas.

Dragon Quest XI: Echoes of an Elusive Age
A party de Dragon Quest XI em um momentos de descontração do game (Foto: Divulgação)

Clássico! Clássico! Clássico!

Dragon Quest XI: Echoes of an Elusive Age foi lançado originalmente no ano passado, no Japão, e a versão ocidental demorou mais de um ano para chegar aqui. A espera foi por conta de novidades que a Square Enix trouxe, como suporte à resolução 4K nos computadores, modo fotografia, dublagem em inglês, menus e interface revisados, e um novo sistema de movimentação, que melhora os desenhos dos personagens e da câmera. Há ainda o Draconian Quest, um modo mais difícil, que oferece desafios adicionais para jogadores mais experientes.

Mas, mais do que essas novidades, o título brilha por manter o essencial. Todos os elementos que tornaram Dragon Quest um clássico no Japão e em todo o mundo estão presentes: batalhas por turno, trilha sonora espetacular, um mundo enorme, missões secundárias, segredos, chefes, grinding e tantas outras funções.

Dragon Quest XI: Echoes of an Elusive Age
O tempo é dinâmico em Dragon Quest XI (Foto: Divulgação)

Só que o título também ganhou novidades interessantes, que dão o ar da graça para um jogo da geração atual. Cenários quase realistas se misturam com monstros e personagens caricatos, já comuns da franquia, sistema de dia e noite, a possibilidade de explorar o mapa verticalmente, montagem em monstros, golpes especiais, chamados de Pep Up, que podem, ser aplicados sozinho ou com outros personagens da party, e criação de equipamentos.

Veredito

Dragon Quest XI: Echoes of an Elusive Age é um JRPG recomendadíssimo para os fãs da franquia e do gênero, fazendo toda a espera valer a pena. O título ainda tem um enorme conteúdo eng-game, que até faz parte da história principal (ao menos na lista de conquistas), que vai te garantir várias horas de diversão. Infelizmente, o jogo não é legendado em português, o que pode afastar quem não tem domínio da língua inglesa, já que os diálogos são fundamentais para o entendimento da narrativa.

Nota Surpreendente

Dragon Quest XI: Echoes of an Elusive Age está disponível para PlayStation 4, por R$ 249,90 e PC, via Steam, por R$ 179,90, em formato digital. O título também ganhou mídias físicas para o console da Sony. No Metacritic, a média do game é de 88 pontos na versão avaliada.

*Review elaborado usando a versão de PS4 do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora.

Jornalista e fã de videogames desde criança. Já teve Mega Drive, Game Boy Color, PS1, PS2, PS3, PS Vita, Nintendo 3DS e agora tem PS4, PSVR e PC Gamer. Para ele, o melhor jogo da história é Chrono Trigger, mas Metal Gear Solid 3, Final Fantasy X, Red Dead Redemption 2 e The Last of Us completam o Top-5.