Generation Zero | Menos do que o esperado

Os jogos de sobrevivência e FPS no geral estão saturando o mercado gamer, e isso não é novidade. E parecendo ser uma boa saída, Generation Zero, desenvolvido pela Avalanche Studios, o mesmo de Just Cause, chega buscando oferecer o melhor dos dois mundos para PlayStation 4Xbox One e PC, via Steam

Diante disso, diversas questões surgem. Será que o jogo entrega uma boa experiência? Vale a pena comprar? O que há de novo? Se você quer saber um pouco mais, confira mais uma análise do Jornada Geek!

Onde tudo começa

O enredo de Generation Zero , que se passa no final dos anos 1980, começa de uma forma bem simples: um grupo de jovens vai a uma excursão e quando volta para a cidade, percebe o sumiço de todos os humanos e sinais de conflito por toda a parte – isso inclusive guia o início do jogo. E, logo ao ir andando, você descobre que toda a área foi dominada por robôs, questão cada vez mais colocada na cultura pop. 

E é daí que parte o jogo, que consiste em organizar uma força de resistência contra as terríveis máquinas que se apossaram daquela localidade na Suécia. E nessa empreitada serão seus companheiros NPCs e outros jogadores.

Generation Zero
Os gráficos realmente são lindos. (Foto: Divulgação)

Belos gráficos, maaas…

Os gráficos de Generation Zero realmente são bonitos, e a parte sonora também traz uma interessante imersão ao silencioso lugar onde o jogo se passa, mas ao se somar com o restante do jogo, tais aspectos acabam ficando um pouco vazios. Eu explico: a beleza e a qualidade técnica do som são pontos interessantes que acabam te deixando um pouco tenso e até animam a fazer uma exploração maior no grande mapa do game que, por sua vez, é muito vazio e massante, algo que se junta à jogabilidade pouco cativante. Ou seja, esvaziam-se esses dois cuidados por conta dessas falhas.

Generation Zero tem uma boa ideia em mãos, mas parece não executá-la da melhor maneira possível. Enquanto os aspectos gráficos e sonoros enchem nossos olhos, a trama e a própria jogabilidade acabam desanimando, tornando o jogo um tanto quanto vazio. E aí fica mais difícil dar sequência.

Generation Zero
A ambientação em uma Suécia dos anos 80 é bem legal. (Foto: Divulgação)

A jogabilidade

Aqui falarei mais sobre meu incômodo com a jogabilidade de Generation Zero. De cara, o início do jogo já mostra que o lugar é grande e pouco desafiador. Os conflitos acontecem com menos proporção do que se espera de um jogo de tiro e, pra piorar, as máquinas são bem burrinhas e pouco ofensivas. Além disso, boa parte delas conta com pontos fracos fáceis de serem identificados, o que tira um pouco da dificuldade. É simples correr do pau quando a coisa aperta. Ou seja: não espere muitos desafios.

Os loots achados no mapa são repetitivos, as armas são pouco variadas e as quests acabam sendo repetitivas, sobretudo as secundárias. Andar demais torna o jogo muito mais chato. E olha, o mapa é grandinho…

Generation Zero
Os robôs são pouco inteligentes. (Foto: Divulgação)

Olha, existem pontos positivos

Olha, não são muitos, é verdade. Mas a customização do personagem, por exemplo, é um dos pontos que gostei. Até a roupa faz diferença em algumas questões, sendo importante andar com vestes simples e que se camuflem facilmente na floresta. Ao criar seu personagem, você pode optar pelo gênero e por estilos: do nerd oitentista ao headbanger.

O multiplayer também é mais bacana, oferecendo muito mais estratégias para conseguir vencer a rebelião das máquinas. E tem o detalhe interessante de que jogar algo em uma experiência cooperativa pode tornar um jogo em algo muito melhor.

Generation Zero | Menos do que o esperado
A experiência com outros jogadores torna o jogo menos pior. (Foto: Divulgação)

Veredito

Generation Zero não é aquele jogo que compensa ser pego logo no lançamento, sobretudo pelos altos valores cobrados contemporaneamente. Mesmo com belos gráficos e qualidade sonora quase que impecável, o título não entrega um bom conjunto da obra, faltando mais desafios e inteligência aos inimigos. Mais do que isso, deveria encurtar as longas caminhadas ou pelo menos oferecer mais confrontos.

Nesses casos, eu costumo crer sempre na possibilidade de que atualizações salvem o jogo, como vem acontecendo cada vez mais no cenário gamer. Mas por enquanto, Generation Zero pode ficar como segunda ou terceira opção em uma eventual compra em período de promoções. Isso fica evidente ao se analisar o fraco Metascore do título, que alcançou míseros 51 pontos, mostrando que há muito o que melhorar.

Generation Zero | Menos do que o esperado

*Review elaborado usando a versão de PS4 do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora.