MARVEL’S GUARDIANS OF THE GALAXY: THE TELLTALE SERIES | Na fossa

Para nós, o primeiro episódio de Marvels's Guardians of the Galaxy: The Telltale Series superou as expectativas

Nota do editor: Como Marvels’s Guardians of the Galaxy: The Telltale Series será dividido em cinco episódios, o Jornada Geek vai publicar reviews individuais de cada capítulo. Não iremos atribuir notas individuais para cada capítulo, deixando para o texto do último episódio uma avaliação completa do jogo. Por se tratar de um jogo episódico, essa review contém spoilers que podem estragar a experiência do jogador. Leia por conta e risco!

MARVEL'S GUARDIANS OF THE GALAXY: THE TELLTALE SERIES | Na fossa

Os Guardiões da Galáxia estão mais divertidos do que nunca! Marvels’s Guardians of the Galaxy: The Telltale Series nos traz um mundo cheio de possibilidades onde incorporamos o personagem mais fanfarrão da tropa, Peter Quill, conhecido por toda a galáxia como Starlord (ou Senhor das Estrelas, no Brasil).

E olhe, é bem verdade quando dizem que os jogos estão cada vez mais próximos de se tornarem uma arte. E a Telltale capricha nesse aspecto. Isso é perceptível em cada um dos seus jogos, que prendem a atenção dos jogadores, desde aqueles mais apaixonados ou até mesmo dos novatos (como eu!).

Abaixo contarei um pouco da minha experiência neste incrível primeiro episódio, intitulado Na Fossa (Tangled Up in Blue, no original).

De cara, Thanos

Uma das coisas que mais me deixou empolgado no começo da jogatina foi me deparar de imediato com um confronto com Thanos, o titã louco, que buscava a Forja da Eternidade (sabe-se lá o que é isso, por enquanto). Pra quem conhece minimamente e/ou assistiu os últimos filmes dos Guardiões da Galáxia sabe do poder que ele emana. Porém, no jogo ele não foi tudo aquilo que a Marvel costuma mostrar. Logo no primeiro embate, após um excelente trabalho em equipe dos guardiões (ressalto a teimosia de Rocket e sua arma gigante) o vilão simplesmente… é derrotado!

MAS COMO ASSIM O TITÃ LOUCO MORRE?

Pois é. Não acreditei quando vi. Nem mesmo Gamora, Quill, Rocket, Drax e Groot acreditaram quando viram Thanos no chão com um belo rombo, destruído. Para mim, a história tinha acabado. Ledo engano…

Um Starlord mais sensato

Assim como em outros jogos da Telltale, todas as decisões por nós tomadas causam um impacto direto na história. Optei por ser mais “ético” em minhas escolhas, buscando dar ênfase à questões de Quill e os outros guardiões.

Depois de destruírem Thanos, a trupe agora conta com outro problema: o que fazer depois que a suposta maior ameaça do universo foi destruída? Será o fim dos Guardiões da Galáxia? Gamorra em um dado momento ao conversar com Quill o agradece e diz que graças a ele todos ainda estão unidos, querendo que eles permaneçam assim, como uma família.

Como em todas as escolhas busquei pautar por um Starlord mais bacana e menos pé no saco, optei por enfatizar a vingança de Drax por sua filha e sua esposa, assassinadas por Thanos e por dar os créditos ao talento de Rocket (o personagem mais enjoado entre eles) ao construir a arma que destruiu o maior vilão do universo. Mas Rocket ainda insistia em ir embora… Tive que apelar para Groot, seu melhor amigo, para tentar mantê-lo na equipe.

Marvels's Guardians of the Galaxy: The Telltale Series
Rocket, Groot, Starlord, Gamora e Drax: os Guardiões da Galáxia. Foto: Divulgação.

Problemas e problemas

Como se não bastassem as crises da equipe, agora eles deveriam lidar com uma conta gigantesca da noite em que comemoraram a vitória no bar. Ambos estavam quebrados até que Rocket tem a ideia de vender o corpo de Thanos, sugerindo que fosse para o Colecionador. Porém, eles também lembram que havia uma recompensa da Tropa Nova pela cabeça do vilão. E como eu já estava enjoado do jogo de Rocket e também queria agir como um verdadeiro herói, decidi entregar o corpo à segunda opção.

Enquanto isso, Quill buscava a tal Forja da Eternidade para tentar vende-la, compensando os problemas com Rocket. Mas nisso ele e a Forja se conectam, o levando a uma passagem de sua infância com sua mãe, seu maior ponto fraco. Daí já dá pra imaginar o quão confuso ele ficou com isso.

A escolha tida por Starlord anteriormente foi sábia, como Gamora fazia questão de enfatizar, mas a burocracia ao receber o pagamento por Thanos foi recebida com desânimo pela equipe. Mas imagine, esse era o menor dos problemas…

Marvels's Guardians of the Galaxy: The Telltale Series
Rocket e sua arma gigante. Foto: Divulgação.

KREES!? Não é possível!

Eis então que durante a transação surgem krees, raça até então dada como extinta. E eles buscavam justamente a bendita da Forja da Eternidade – que ninguém fazia ideia do que significava – a não ser pela experiência de Quill.

Os kree, liderados por Hala, conseguem depois de lutar, tomar a Forja dos guardiões, mas a teimosia de Starlord o obrigava ir atrás do objeto que o “aproximou” de sua mãe. No caso, escolho ir com Gamora, deixando Drax com o restante do grupo.

A nave não está muito distante e, felizmente, a dupla consegue atingir o objetivo, tendo agora que encontrar Hala e a Forja. Como esperado, encontram Hala na parte principal da nave tendo a mesma experiência de Peter Quill com a Forja. E aí mais um embate acontece.

Marvels's Guardians of the Galaxy: The Telltale Series
A ida de Starlord e Gamora para a nave kree. Foto: Reprodução.

Será esse o fim?

Durante o confronto, escolho que Peter explique à inimiga que ele também havia perdido alguém e que não mataria outras pessoas para que sua mãe, no caso, retornasse à vida. Hala ignora e diz que vai utilizar a vida dos dois para ressuscitar alguns outros de sua raça, alegando que a matança ainda seria muito maior. Quill ao tentar defender Gamora acaba sendo duramente golpeado e quase morrendo. Mas Rocket consegue consertar a Milano (nave dos guardiões) a tempo e chega para tirar os dois das garras dos krees, recuperando a Forja da Eternidade.

Quill está por um fio de morrer e entra em um flashback encontrando novamente sua mãe, mas em outra ocasião: em seu funeral. Ele se vê enquanto criança, quando Yondu Udonta o busca. Depois de um breve diálogo, Quill instantaneamente volta à realidade, sendo curado pela misteriosa Forja.

Inúmeras questões ficam em aberto. O passado do Senhor das Estrelas é revirado, os pequenos conflitos internos entre o grupo tornam-se evidentes e muita coisa ainda pode acontecer nos próximos quatro episódios.

Questões técnicas: jogabilidade, gráficos e outros

Um ponto negativo me incomodou logo de cara: a movimentação com o personagem em cenas de exploração. Essa parte foi um pouco frustrante, pois o caminhar de Quill ficava meio desordenado, o que não ajuda muito. Mas esse é só um detalhe que não interfere tanto. No primeiro episódio temos poucas cenas assim.

Já a movimentação durante as batalhas conta com as teclas direcionais clássicas (W, A, S e D), botões próximos (Q e E) e com os cliques no mouse. Nessa parte não posso reclamar, pois o jogo dá um tempo pra responder, não sendo nada impossível de se executar.

Veredito

O game da Telltale consegue então entregar bem a experiência que se espera. Os gráficos são bonitos, semelhantes a animações em 3D, a trilha sonora é SENSACIONAL e os diálogos são muito bem elaborados, fazendo você pensar muito antes de responder devido às consequências que isso poderá trazer ao longo da trama. E o melhor: o jogo é totalmente legendado em português.

Para nós, o primeiro episódio de Marvels’s Guardians of the Galaxy: The Telltale Series superou as expectativas. Já a média no Metacritic, foi de 70 pontos na versão que utilizamos para a crítica. A medida que os próximos episódios forem sendo lançados, as reviews serão publicadas aqui no Jornada Geek! Não deixe de acompanhar.

O game está disponível para PlayStation 4, Xbox One, Windows PC, Mac, iOS e Android. Os preços variam de acordo com a plataforma.

*Review elaborado usando a versão de PC do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora.

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