Imperator: Rome | Seja um grande imperador!

Jogos como Imperator: Rome são extremamente difíceis de ser controlados. O grand strategy game desenvolvido exclusivamente para PC pela Paradox Interactive é de deixar qualquer jogador perdido com a grande quantidade de funções que pulam por todo o menu do jogo.

Mas quem não gostaria de se enfiar nas maiores tramas políticas e de guerra do grandioso Império Romano? Pois é, Imperator: Rome traz um pouco disso. Mas questões surgem: será que o jogo consegue ser divertido, mesmo com tantos detalhes? A jogabilidade vale a pena? Enfim, essas e outras questões serão abordadas em mais uma crítica do Jornada Geek!

Onde tudo começa

O grand strategy game da Paradox, espécie de continuação de Europa Universalis: Rome, nos colocará na pele de um Imperador por volta de 27 a.C., nos conturbados séculos entre as guerras dos Diádocos e a criação do glorioso Império Romano. Tal como a própria sinopse do jogo diz, Alexandre, Aníbal, César e tantos outros homens ajudaram a forjar o destino da geopolítica ao redor do Mediterrâneo e além.

As diversas nações envolvidas nesse momento serão postas à prova, sofrendo constantes pressões e influências externas, seja em questões bélicas, religiosas ou até mesmo culturais. Ter braço forte para reger o povo neste momento é extremamente necessário e o jogo simula bem isso. Aliás, é interessante perceber que em Imperator: Rome,  o jogador terá o poder de “reescrever a história do Ocidente”, uma proposta bem interessante e cativante de maneira geral. Mas a tarefa não será nada fácil…

Imperator: Rome
Quanto mais se aproxima do mapa, mais detalhes aparecem. (Foto: Divulgação)

Riqueza de detalhes, maaas…

Uma das coisas percebidas em Imperator: Rome é a riqueza de detalhes que vão desde as relações políticas ao mapa geopolítico do Império Romano e outros próximos. Isso é interessantíssimo, de fato. Porém, pelo menos a meu ver, torna a curva de aprendizado extremamente lenta e complexa, algo que pode frustrar muitos jogadores que não estão familiarizados com a mecânica de jogos grand strategy game. Confesso ter tido muita dificuldade, embora tenha achado, no geral, a proposta tentadora (ainda mais sendo historiador).

Não sou tão habituado a esse estilo de jogo, mas devo reconhecer o esforço da Paradox de entregar uma experiência muito além da guerra, analisando diversos pontos sociais, culturais, políticos e econômicos, tornando o jogo bem balanceado e aprofundado em questões muito pertinentes para os amantes desse estilo. Confesso ter penado pra aprender o básico e acho que algumas questões poderiam ser um pouco mais simplificadas. Mas nesse ponto, creio que o game já é feito para um determinado (e bem específico) nicho de mercado. Aliás, a Paradox é conhecida justamente por esse estilo de jogo e uma mecânica extremamente complexa. Então, não espere nada de tão diferente de títulos como Crusader Kings 2 e Europa Universalis 4.

Imperator: Rome
A quantidade de funções e detalhes chega a ser assustadora. (Foto: Divulgação)

A guerra tem o seu lugar

Por mais que o jogo explore uma infinidade de questões, a guerra é sempre o ponto alto. Porém, não ache que será fácil tomar todo o continente. Avanços demasiadamente rápidos podem causar efeitos colaterais graves como o medo do continente e seu projeto insano de expansão, criando uma guerra gigantesca sem precedentes. Imagine o mundo todo contra você? Pois é, isso pode acontecer. Por isso, tudo deve ser calculado.

O jogo tem tantas províncias que até espanta. Então a tarefa além de árdua é bem demorada. Uma boa dica é separar um considerável tempo para dominar a gameplay e se aprofundar nas campanhas. Eu costumo me vestir de um imperador bem ao estilo Gladiador, sendo implacável nas decisões. Esses tipos de jogos nos permitem um roleplay interessantíssimo, e aí que a empolgação entra de vez!

Imperator: Rome
A divisão dos impérios e reinos é surpreendente. (Foto: Divulgação)

Gráficos e outros aspectos técnicos

Sobre gráficos, o jogo é simples e visivelmente bonito, tendo os mapas uma construção bem interessante, sendo muito bem dividido. Porém, existe uma infinidade de coisas a se fazer, e a tela fica até um pouco cheia por conta disso. Talvez esse seja o preço a se pagar pela simulação de um cenário complexo. O jogo é difícil de ser domado, e isso me marcou muito durante a jogatina. Fiz muitas coisas que só consegui entender muito depois. Faz parte, não é!?

A trilha sonora é bem bonita, dá o tom do jogo (mesmo que por vezes a ignoramos por completo). Costumo brincar que quando estamos tão imersos no jogo, não nos damos conta de que a trilha tem um papel fundamental. Imagine, por exemplo, uma invasão rival ao som de um eletro? Não faria muito sentido, não é mesmo? A música é apropriada ao tema, não fugindo da temática clássica de Imperator: Rome.

Imperator: Rome
O detalhamento do mapa é bem interessante. (Foto: Divulgação)

Veredito

Sinceramente, eu poderia falar de muitos outros aspectos técnicos da complexa mecânica criada pela Paradox, mas seria chover no molhado. Imperator: Rome é o tipo de jogo que só se sabe se será realmente bom ou ruim para você jogando. Parece clichê dizer isso, mas cada um tem aptidões para determinados tipos de jogos. E aqui o gerenciamento de uma infinidade de questões é constante. Particularmente, fico tonto com tanta coisa e, infelizmente, não tenho tanto tempo hábil para ficar jogando por horas a fio (e o jogo requer justamente isso).

No mais, a ideia é brilhante. Complexo sim, mas brilhante. Seria ignorância da minha parte em ignorar os esforços da desenvolvedora em criar um ambiente tão fidelizado a um período histórico de extrema importância como este. Queria eu que tudo fosse um pouco mais simples para que eu conseguisse dominar melhor toda a gama de coisas que Imperator: Rome oferece. E aí cabe a você saber se terá tempo e paciência suficiente para aprender sobre cada detalhezinho do jogo.

Imperator: Rome | Seja um grande imperador!

Imperator: Rome foi disponibilizado no dia 25 de abril deste ano para PC, via Nuuvem. Até o momento, o título conta com uma média de 76 pontos no Metacritic, que concorda com o que venho falando, de que pode não agradar a todos. Como eu disse, a experiência é muito pessoal, mas vale a pena tentar se aprofundar.

*Review elaborado usando uma cópia fornecida pela loja Nuuvem.

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