PARAPPA THE RAPPER REMASTERED | Chute! Soque! Relembre!

PaRappa The Rapper Remastered é a atualização do precursor do gênero de ritmo no mundo dos videogames. Lançado para PSX, o game conta a história do simpático Parappa, um cão que canta rap. Uma premissa bem diferente para época, e que continua cativante nos dias de hoje.

O jogo veio comemorando os vinte anos de lançamento do título, mantendo o gameplay praticamente intacto. Será que o tempo foi generoso com nosso amigo? Vamos ver agora, em mais uma crítica do Jornada Geek.

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O jogo é bem colorido. (Fonte: Reprodução)

Eu quero ser um herói!

Uma das coisas que se manteve cativante foi a história do game, e seus personagens. Nosso carismático protagonista passa por poucas e boas para poder conquistar os afetos de uma girassol, e se tornar um herói. E outras coisas menos importantes como tirar uma carteira de motorista, por exemplo.

A trama é bem simples e sem sentido, mas é leve e diverte. Se a memória me serve, ainda acho divertida hoje como achei da primeira vez que joguei, em meados de 1999. Realmente mostra como minha mente amadureceu ao longo dos anos, não é?

O game tem aquele jeitão de desenho de sábado, e as cores vivas deixam tudo muito bonito. Os modelos e gráficos do jogo foram refeitos, ficando bem definidos, coloridos e cheios de personalidade. Não parece um título reconstruído, mas sim algo novo feito especialmente para o PlayStation 4.

Uma pena que as animações não tenham recebido o mesmo amor. Elas continuaram com uma resolução baixa de PSX, e quebram a atmosfera e o visual muito bem recriado que a desenvolvedora fez para esse jogo.

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Todos se curvem diante do grande senhor cebola. (Fonte: Reprodução)

Chute! Soque! Acerte o ritmo!

O primeiro lançamento de PaRappa The Rapper foi em 1996, 21 anos atrás. Segundo a Wikipedia gringa, o game é responsável por definir o modelo básico que todos os jogos de ritmo seguiriam no futuro. Influente e criador de tendências, de fato.

Por isso, é de se esperar que PaRappa The Rapper Remastered incorporasse as melhorias que outros game trouxeram ao gênero, não é? Infelizmente, não. Para todos os fins e efeitos, temos basicamente o mesmo game lançado há duas décadas atrás.

O pior disso é que a captação de movimentos continua não sendo ideal. Muitas vezes nossos comandos não são reconhecidos a tempo, e parece que cada música tem um ritmo especial que não podemos acertar de cara. Com isso, acaba que as vezes precisamos mais de sorte do que de bons reflexos ou agilidade nos dedos, diferente de games mais novos como Rock Band, por exemplo.

Com isso, a impressão que fica é que esse é um remaster puramente visual, sem melhorias ou evoluções na parte técnica. Claro, temos novos auxílios como uma tremida na manete para nos ajudar a acertar os ritmos, mas nem isso faz muita diferença no fim das contas.

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Eu não consegui ser uma lenda do rap :/ (Fonte: Playstation)

O fim da batida

Uma coisa, pelo menos, continua excepcional: a música. Não é nada adulto ou super elaborado, mas são divertidas e grudam na cabeça. Eu trabalhei alguns dias assobiando o ritmo da música do estágio do mestre cebola, uma das melhores do game. Elas estão melhoradas, também, sem ruídos e muito mais agradáveis aos ouvidos.

O preço sugerido na PSN brasileira é de R$ 45,90. O que não é um absurdo se levar em conta o esmero com o qual refizeram esse clássico que fez parte da infância de todos nós. Uma pena o game não contar com legendas em nosso idioma.

No fim das contas, três coisas vão definir se você realmente irá gostar de PaRappa The Rapper Remastered. A primeira, se você jogou o primeiro e vê esse remaster com os olhos da nostalgia. Segundo, se você gosta do estilo musical e visual. Terceiro, o quanto você pode relevar das mecânicas “arcaicas” e simples do título. Ele é divertido, apesar dos problemas sérios de lag no reconhecimento dos botões e a pequena duração do conteúdo.

Nota bom

*Cópia fornecida pela desenvolvedora.