RED BAND SOCIETY | PRIMEIRAS IMPRESSÕES

Red Band Society
Red Band Society

O drama não é uma novidade na sétima arte, independente do formato. Novas produções estão sempre surgindo na telinha ou cinema para abordar diversos temas e questões, mas o interessante é quando algumas surgem com diferenças. Através do gênero o racismo já foi mostrado, assim como outros diversos tipos de preconceitos, momentos da história ou da vida de um nome importante para a humanidade. Entretanto, o mundo das séries de TV parece buscar por vezes alguma novidade dentro de questões diversificadas, criando espaços para construções que podem ser interessantes. Quando o bullying era um tema de destaque, goste ou não, surgiu Glee com suas abordagens que chamaram atenção no início. Entretanto, agora um tema que pode ser considerado ainda mais delicado começa a ser mostrado através de Red Band Society.

O remake da série Polseres Vermelles começa com uma narrativa em que seus personagens são apresentados. A primeira delas é Kara (Zoe Levin), uma líder de torcida egoísta que passa mal durante o treino. A partir de tal ponto, o espectador conhece ainda no início Leo Roth (Charlie Rowe, de Neverland), Emma Chota (Ciara Bravo), Dash Hosney (Brian Bradley), Jordi Palacios (Nolan Sotillociara) e o narrador, que está em coma, Charlie (Griffin Gluck, de Back in the Game e Private Practice). O que eles tem em comum? Todos estão doentes. Além dos pacientes, a enfermeira Jackson (Octavia Spencer) e o Dr. Jack McAndrew (Dave Annable) são os principais adultos apresentados. Com isso, desde os primeiros momentos, o capítulo passa a mostrar as diversidades de cada um com relação ao seu estado de saúde, mas também mostrando que é possível aprender a lidar com isso no seu cotidiano.

Talvez a sinopse acima não seja completamente certa para o programa em questão, mas para resumir fatos e não soltar possíveis spoilers foi o caminho correto para um compartilhamento. Entretanto, a verdade é que a construção da narrativa desse projeto acaba sendo imposta de uma maneira interessante por conta das dificuldades encontradas por seus personagens desde o primeiro momento. Todos os jovens estão passando por dificuldades, mas a doença não é o foco principal do que começa a ser elaborado. Na verdade, ela é o fundo para algo maior, quando seres completamente diferentes passam a viver juntos e formam uma grande aliança de superação. Ou seja, o nascer de uma amizade é o verdadeiro objetivo no primeiro momento.

É claro, existem as diferenças claras em cada personagem, mas eles parecem se completar de tal forma. A verdade é que barreiras são quebradas com sua convivência, criando um relacionamento no grupo através disso. Além disso, ainda vale ressaltar que nem todas as aparências são verdadeiras no que vai sendo mostrado. No caso da enfermeira Jackson, ela não é a bruxa que parece para alguns, já que trata seus pacientes com um grande carinho e compreensão. Ela tem o entendimento para acompanhar os casos, enquanto o Dr. Jack faz o mesmo como oncologista pediátrico.

Além do companheirismo, a vida pode ser representada no contexto do programa. Contudo, as perguntas também começam a surgir após um primeiro episódio tão impactante e comovente. Qual abordagem será construída a partir disso? Sabemos que aqueles que chegaram ao hospital no primeiro episódio precisam aprender a conviver com suas doenças e perdas, mas como isso será construído? O seriado tem potencial para surpreender ao espectador com isso? Será quem a audiência será satisfatória? Sem dúvida, são questões que chamam atenção, além do conteúdo mostrado. Além disso, vale a pena comentar sobre a aparição de Charlie na vida do grupo quando eles desmaiam ou estão anestesiados. Com que frequência isso deve acontecer? É um toque muito interessante de ficção x realidade, que pode ser uma questão interessante no desenvolvimento.

Por último, algo que não poderia faltar. Já no primeiro capítulo, de forma marcante, o nome Red Band Society é explicado. É bonito ver o simbolismo criado para as pulseiras, ainda mais com as explicações que chegam através da situação imposta. É difícil prever um futuro para personagens doentes, mas a última frase do episódio chama muita atenção. Afinal, como afirma o narrador,  “Todos pensam que quando se vai para o hospital, a vida para. Mas é o oposto. Ela começa“.

Amante de filmes, séries e games, criou o Jornada Geek em 2011. Em 2012 se formou em Jornalismo pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF), e a partir de então passou a fazer cursos com foco em uma especialização em SEO. Atualmente é responsável por desenvolver conteúdos diários para o site com focos em textos originais e notícias sobre as produções em andamento. Considera Sons of Anarchy algo inesquecível ao lado de 24 Horas, Vikings e The Big Bang Theory. Espera ansioso por qualquer filme de herói, conseguindo viver em um mundo em que você possa amar Marvel e DC ao mesmo tempo.