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Na trama, Dean Winchester perdeu sua batalha contra o poderoso anjo escriba Metatron, apenas para ser ressuscitado pelo poder da primeira espada e ser transformado em demônio, amaldiçoado com a marca de Cain e está andando lado a lado com o Rei do Inferno, Crowley. A estrada para reaver o desobediente Dean leva seu irmão, Sam, a trilhar ele mesmo caminhos sinistros, com consequências que sacudirão os rapazes até o âmago dos seus poderes. Enquanto isso, Castiel, o angelical aliado dos Winchesters, precisa se recuperar depois do confronto na campanha de Metatron pela conquista do paraíso. Com sua graça desaparecendo e anjos rebeldes ainda à solta, Cass encara uma corrida contra o relógio rumo a sua mortalidade, enquanto novas e antigas ameaças testam os limites da humanidade dos protagonistas.
O início da 10ª temporada já mostra uma posição interessante ao espectador, com os irmãos tomando decisões em lados realmente obscuros. Entretanto, assim como sua temática, o que chama atenção em Supernatural é a relação entre Sam e Dean. E claro, ela é o grande foco desde a primeira cena e ganha um grande espaço ao longo de todo o novo ano, com o roteiro e sua narrativa sempre envolvidos com as situações mais recentes dos seus protagonistas ou a busca para uma solução envolvendo o problema de Dean. Como o esperado, o caminho não é fácil e apresenta consequências pesadas e conseguem mudar o clima do projeto subitamente em alguns momentos.
Entre tantas introduções, casos e decisões, novos personagens também vão aparecendo ou retornando com um certo espaço. Por exemplo, um que chama muito atenção é Cole, um militar que aparece em alguns momentos e tem Dean como um monstro. Sem saber os verdadeiros acontecimentos em sua família antes de tudo, quando conhece acaba aceitando os fatos. Por sua vez, a temporada também conta ainda com o retorno de Caim em um episódio fantástico, digno do auge da série de TV. Contudo, o verdadeiro nome introdutório da temporada é Rowena. A bruxa e mãe de Crowley aparece logo no começo da temporada e mostra toda a sua manipulação e poder através dos capítulos seguintes. Uma interpretação fantástica de Ruth Connell.
Assim como os anos anteriores, o novo ano conta muito com a presença também de Castiel e Crowley. O primeiro tem um arco muito humano envolvendo a sua casca, enquanto o segundo tenta recuperar o seu reino, mas também reencontra sua mãe. E tal fato aos poucos vai se mostrando muito interessante, até mesmo quando envolve suas descobertas. Enquanto isso, o décimo ano vai se mostrando muito parecido com o início do programa por conta de sua trama. Os irmãos voltam a ficar mais envolvidos em caçadas do que em assuntos que tenham ligação com Céu ou Inferno. É um ritmo que lembra o seu começo, proporcionando uma temporada recheada de momentos diferentes e intensa em alguns momentos.
Com isso, vale ressaltar que o plot da temporada não é esquecido. Aliás, os casos envolvendo caçadas servem muito para mostrar a situação atual de Dean por conta da marca. Para o final, como esperado, este assunto também ganha destaque com o surgimento de segredos, buscas por respostas e mortes. As consequências de decisões também se mostram fortes aqui, com grandes momentos de tensão e massacres envolvendo uma família de vilões. Entretanto, inocentes também perdem a vida. Tal decisão, por sinal, coloca os Winchesters em uma situação de agonia, mas que é resolvida no tempo certo para criar a ligação com o que está por vir. Realmente temos uma temporada de bom ritmo e acontecimentos, que coloca Supernatural de volta ao caminho que nunca deveria ter perdido e com uma ótima conclusão.
