The Outer Worlds | O melhor de dois mundos

A Obsidian Entertainment lançou no último dia 25 o aguardado RPG The Outer Worlds. Famosa pelo desenvolvimento de jogos como Star Wars: Knights of the Old Republic II – The Sith Lords e Fallout: New Vegas, a empresa trouxe claras referências aos seus trabalhos passados, mas de uma nova maneira.

E para superar o excelente New Vegas, era preciso mais. Mesmo com mecânicas semelhantes, repletas de interações e uma história cheia de mistérios, ainda é possível surpreender o jogador? Vamos conferir a resposta agora, em mais um review do Jornada Geek!

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Senta que lá vem história!

Se a Obsidian era famosa por ter produzido Fallout: New Vegas, agora o contexto pode ser alterado facilmente para aquela que criou The Outer Worlds. A história é envolvente e intrigante, desde o início, afinal, o “problema central” não é apresentado nas primeiras horas de jogo. Como bom jogador de RPG, algumas dicas preciosas são obtidas ao interagir com as dezenas de NPCs espalhados pelo mapa, que te ajudam a ganhar habilidades que moldam o carácter. E aqui, uma ressalva: se você tem atitudes boas ou ruins, o game te entrega elementos completamente diferentes.

A campanha principal de The Outer Worlds é focada em dois objetivos principais: fazer com que os outros habitantes de Esperança despertem aos problemas que estão acontecendo e mostrar a corrupção existente na facção do Conselho. Escolher qual facção irá seguir traz pontos positivos e negativos para a história do jogo, como conseguir ajuda em algumas missões da história principal, ou ter descontos em compras, ou ainda, dificultar a exploração de alguma área – por ter feito algo pra deixar sua índole ruim.

The Outer Worlds
Os oponentes podem causar um desconforto ao player (Foto: Divulgação)

Se você utilizar muitos ajudantes, por exemplo, eles vão te auxiliar na conclusão das missões, principalmente as secundárias, que aumentam de acordo com a quantidade de “amigos” que tenham aceitado fazer parte da sua equipe.

Por fim, tornar-se capitão de uma tripulação é algo que atrai a atenção do jogador logo de início, pois abre um leque de opções para quem está explorando vários planetas e locais disponíveis para ser visitados. As principais interações com a equipe ocorre na nave e isso acaba tornando as coisas um pouco repetitivas, mas nada que vá comprometer a experiência.

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A nave é o centro de comando da sua tripulação (Foto: Divulgação)

O brilho do gameplay

Ao contrário dos trabalhos anteriores da Obsidian Entertainment, The Outer Worlds traz uma gama muito pequena de armas e equipamentos. Já os itens consumíveis são um ponto interessante, pois são basicamente tudo que é encontrado: desde alimentos e bebidas, passando por frutas, enlatados e até monstros espaciais.

As armas, apesar de poucas, cumprem sua função, seja usando uma munição normal, ou as especiais – obtidas em loots ou modificando-as em bancadas com os acessórios que se compra, encontra em bichos, ou ainda, roubando nos locais de exploração.

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As armas podem ter ser efetivas a certos tipos de oponentes (Foto: Divulgação)

As batalhas podem gerar um certo desconforto para quem está jogando e quer finalizar o game rapidamente. O fato é que os oponentes que surgem, na maior parte das vezes, são uma variação dos mesmo que já foram encontrados em algum ponto, salvo pelo tamanho, nome ou cor. Os loots que são deixados por eles, é especifico de cada um, e depende também da sorte.

As interações e os diálogos com os NPCs encontrados, são pontos altos. Desde o humor ácido até a interpretação bem feita da adaptação para a linguagem, na qual o jogador escolhe, ajuda a enriquecer e envolve o jogador.

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Explorar o cenário é fundamental para encontrar os melhores itens (Foto: Divulgação)

Gráficos e ambientação agradáveis

Os cenários, os biomas e também os monstros encontrados em cada cenários compõem de forma natural e simples The Outer Worlds, sem ser exagerado em jogos que utilizam a temática futurista. É bem verdade que também não são ambientes marcantes, embora seja possível destacar as cores bem vivas dos solos, sejam eles com vegetação ou até mesmo as terras inóspitas. 

A ambientação sonora também merece um destaque. Quando nos aproximamos de momentos mais tensos, ou de tomar uma decisão impactante, o jogo conduz de forma precisa a parte de sons e consegue tornar a experiência completa. A personalização da personagem principal do jogo, já característicos em jogos do gênero, não deixa por menos e traz uma gama de possibilidades.

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Uma trilha sonora empolgante te espera ao encontrar bosses (Foto: Divulgação)

Veredito

O jogo não é uma obra prima, porém ele cumpre tudo que promete. Com um sistema de progressão bem ajustado e uma história bem coeza, ele consegue ter sua própria cara, sem ficar preso nas outras publicações da desenvolvedora. Personagens com importância que, além de agregar, ajudam na história e possuem características únicas.

Quem gosta de jogos do gênero RPG com mundo aberto, vai poder passar horas e horas, sem se sentir cansado, sem achar que está arrastado, pois o ritmo é balanceado e consegue envolver quem está jogando.

The Outer Worlds | O melhor de dois mundos

The Outer Worlds foi lançado para PC, via Epic Games Store, Xbox One e Windows 10, via Microsoft Store, e PlayStation 4 custando a partir de R$ 119,90. No Metacritic, o game conta com a média de 86 pontos na versão avaliada.

*Review elaborado usando a versão de PS4 do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora.