Wolfenstein: Cyberpilot | Esperava muito mais…

Os jogos voltados para a tecnologia de realidade virtual geralmente causam ânimo nos jogadores fãs da tecnologia, sobretudo os de tiro, que nos colocam no meio da ação. Porém, alguns jogos, que parecem ter tudo para dar certo, erram feio e trazem uma experiência pobre e decepcionante. Será esse o caso de Wolfenstein: Cyberpilot

O game em questão, lançado para PC e PlayStation 4, juntamente de Wolfenstein: Youngblood, nos coloca em um cenário semelhante ao do jogo base, onde temos que aniquilar nazistas por meio de uma máquina de guerra. Lendo assim, parece tentador, não é mesmo? Então se você está curioso pra saber se a aventura vale à pena, confira mais uma crítica do Jornada Geek!

Contexto

Wolfenstein: Cyberpilot se passa em Paris, mesmo cenário de Wolfenstein: Youngblood. O spin-off segue a cartilha da série, nos colocando diante de uma cidade sitiada por nazistas armados até os dentes. Nesse contexto, nós tomamos a posição de um hacker da resistência, controlando três tipos de mech nazis modificados para darem um pouco do próprio veneno aos inimigos.

São eles o Panzerhund, uma espécie de cão-robô-gigante que aterroriza as ruas de Paris atropelando e incendiando tudo com seu potente lança-chamas; o Zitadelle, mais um robô imenso munido de mísseis e metralhadoras, espalhando destruição por onde passa; e, por último e não menos importante, um pequeno drone, que é responsável por fritar nazistas e hackear seu sistema. Vale ressaltar que o último mech é mais voltado a um modo de jogabilidade mais stealth, totalmente ao contrário dos dois primeiros.

Wolfenstein: Cyberpilot
Os franceses gostam mesmo de queimar as coisas, não é!? (Foto: Divulgação)

Mas e o jogo?

Pois bem, o jogo é relativamente curto, contando com algo entre uma ou duas horas, variando muito por conta das habilidades do jogador em controlar os robôs. E não, não é tão fácil. E no meio disso tudo ainda existem pequenos puzzles a serem feitos ao retornar para a base, mas nada impossível. Ainda sobre a jogabilidade, confesso ter me sentido limitado e bem, os controles de direção dos mechs não soou muito legal, sendo uma grande decepção.

Eu ainda alternei entre jogar sentado ou em pé, para ver de qual maneira a experiência ficaria melhor e, francamente, não fez tanta diferença. Então, não vale a pena passar quase duas horas de pé achando que isso vai mudar algo, pois não irá. Assuma a cabine sentado mesmo e tente relaxar tacando fogo em tudo. E é só isso. O jogo não tem mais nada. Não há colecionáveis, não há muita variação dos caminhos, sendo simplesmente mate todos os nazis que você ver, chegue ao objetivo e siga para a próxima missão. E em questões de gráfico, segue exatamente a cartilha de Youngblood, sendo bonito de se ver. Aliás, a impressão que fica é que andamos pelos mesmos mapas em ambos os jogos.

Wolfenstein: Cyberpilot
Morrer em Wolfenstein: Cyberpilot não é difícil… (Foto: Divulgação)

Veredito

A crítica é curta, eu sei, mas o jogo também. Ou seja, não há tanta coisa pra falar sobre. No geral, Wolfenstein: Cyberpilot é até divertido, mas não agrega nada de novo ao gênero (e nem se propõe). O máximo que ele faz é trazer uma nova forma de se jogar a série Wolfenstein, mas que poderia ter sido muito melhor. Os controles, embora sejam bem simples e ensinados durante o jogo, não me agradaram. Em alguns momentos, morremos sem nem saber de onde veio o tiro, mas isso é algo que até dá pra deixar passar, pois pode ser puramente erro do jogador, o que é natural.

Enfim, Wolfenstein: Cyberpilot não é, nem de longe, o melhor jogo de tiro feito para VR, e está longe de ter o nível dos outros títulos da série, mesmo com uma proposta totalmente diferente.

Wolfenstein: Cyberpilot | Esperava muito mais...

Wolfenstein: Cyberpilot foi lançado para PC, via Steam, e é compatível com HTC VIVE, Windows Mixed Reality e Valve Index, além de PlayStation 4, requerendo o PlayStation VR para jogar. Para se ter ideia do quão complicada é a situação do jogo, ele foi avaliado com a média 50 pelo Metacritic, sendo uma nota incomum para a série. Talvez o jogo só valha a pena para quem gosta de Wolfenstein. Ou nem isso…

*Review elaborado usando a versão de PSVR do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora