World War Z | Uma adaptação muito boa

A moda dos zumbis parece mesmo não ter um fim. Séries, filmes e jogos abordam, cada um à sua maneira, a infestação de mortos-vivos pela Terra (e alguns vão até além). Mas não importa: toda vez que algo é lançado, a comunidade corre para conferir. E com World War Z, game desenvolvido pela Saber Interactive e distribuído pela Focus Home Interactive para PC, Xbox One e PlayStation 4 não seria diferente.

Mas será que o jogo é condizente com a insana invasão zumbi vista no filme homônimo? Se sim, será que a fórmula dos mortos-vivos que correm e se escalam fica bacana para um jogo? É exatamente isso que veremos em mais uma crítica aqui, no Jornada Geek!

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Como sobreviver ao apocalipse zumbi?

De cara, ao entrar no mundo de World War Z, podemos escolher alguns personagens e, mais importante, montar suas classes, que são divididas em seis: atirador, infernal, retalhador, médico, reparador e exterminador. Cada uma conta com particularidades que melhor se adequem à jogabilidade da equipe, formada por quatro integrantes. Até aí, tudo bem. Não há nada de tão incrível e o jogo muitas vezes parece remeter ao clássico Left 4 Dead e a um título mais recente, o Overkill’s The Walking Dead. A diferença é que World War Z é jogado em terceira pessoa. Claro, existem outras diferenças na construção do jogo, mas não vem ao caso.

A variedade de armas e uma vasta árvore de habilidades dá uma aprimorada no jogo, trazendo um pouco do que é visto nos RPGs. Sobre as armas, é possível encontrar algumas extras, que causam um maior dano e auxiliam na matança. Por exemplo, uma metralhadora com mais de 100 balas, um lança granadas, uma sniper e até mesmo uma bazuca. Esses itens são encontrados pelos mapas sem muita dificuldade.

World War Z
Sente o desespero… (Foto: Divulgação)

E os inimigos?

Pois bem, os zumbis contam com as habilidades vistas nos filmes: eles se amontoam e chegam em lugares altos, correm um pouco mais que o normal. O jogo ainda acrescenta inimigos como em Left 4 Dead, que contam com habilidades especiais e que causam sérios problemas. Tem o que solta um gás quando morre, o que faz barulhos com um megafone, atraindo a horda, o que pula e só sai de cima se algum parceiro o matar, um brutamontes cheio de defesas, e por aí vai. Isso dá um desafio a mais à jogatina, sem sombra de dúvidas. E até rende alguns sustos, confesso.

World War Z consegue trazer um número grande de zumbis para a sua tela, e isso é insano! Ao jogar granadas no meio deles, por exemplo, podemos ver corpos voando por todos os lados, mas o bando segue atacando loucamente, forçando os jogadores a trabalharem em equipe o tempo todo. No quesito diversão, o jogo acerta em cheio, mesmo não apresentando nada de grandiosamente diferente dos outros títulos congêneres.

World War Z
Olha lá quem vem virando a esquina… (Foto: Divulgação)

Questões técnicas

Ah, mas e as questões técnicas tais como jogabilidade, gráficos, física, etc.? Nisso World War Z não faz feio. A jogabilidade é fluída, tendo como um grande diferencial a visão em terceira pessoa. A movimentação e a física do jogo não deixam a desejar, fazendo um excelente trabalho no que se propõe. O jogo é bem simples no geral, e isso é bom. As missões são bem guiadas e fáceis de compreender mas, como dito acima, deve-se trabalhar em equipe! Infelizmente, com o tempo elas enjoam, tendo pouca variedade. Vale ressaltar que nos testes foram percebidos poucos bugs, o que já é algo animador em um jogo lançado nesse ano.

Já os gráficos e a qualidade sonora também são muito bem feitos. A qualidade gráfica não é mega exagerada, e as configurações mínimas no PC mostram que o título consegue ser rodado em computadores mais simples sem muitos problemas. A ambientação é bem apocalíptica e caótica, como manda o figurino. Os personagens são bastante elaborados e aumentam a profundidade da trama que, por sua vez, não tem um papel central no jogo. A qualidade sonora em geral também é muito boa. As conversas são naturais e ainda contam com legendas para o português brasileiro. Aqui, o script é seguido à risca.

World War Z
Bomba neles! (Foto: Divulgação)

Veredito

World War Z é um jogo muito bom se jogado em single player. Porém, fica infinitamente melhor se jogado com amigos. Porém, como dito ao longo da crítica, o jogo não apresenta nada de incrível, a não ser a adaptação do filme, que é bem bacana. No mais, é um game de sobrevivência em grupo repleto de armas, classes e suas habilidades. Ou seja, nada de muito especial, mas vale a experiência. Por isso não seria muito ousado em compará-lo com os títulos já citados. E convenhamos: hoje em dia nada se cria do zero…

World War Z | Uma adaptação muito boa

O jogo ficou com a razoável média de 66 pontos no Metacritic. Muito provavelmente isso ocorreu por conta da falta de variedade presente no jogo. As missões são muito parecidas e isso pode causar incômodo nos jogadores mais exigentes. Mesmo assim, acho que a nota ainda está baixa para o conjunto da obra apresentada. World War Z até que é um jogo muito bom, mas que cairia melhor ainda se comprado em uma promoção, já que é encontrado por R$ 149,90 para PlayStation 4, R$ 123,00 para Xbox One e US$ 18,99 na Epic Games Store

*Review elaborado usando a versão de PS4 do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora.