Classificação:
Na trama, após conquistarem o sucesso, as Barden Bellas já estão no topo há 3 anos e ganhando cada vez mais destaques e oportunidades. Entretanto, após uma apresentação catastrófica para o presidente dos Estados Unidos envolvendo, o grupo acaba envolvido em um escândalo e tem o seu fim ameaçado. A única condição imposta para que elas possam continuar existindo é que vençam o campeonato mundial de a cappella, que ainda tem como um dos seus competidores o supergrupo Das Sound Machine. E assim, com sua harmonia abalada, elas terão que recuperar o ritmo que lhes colocou no topo e defender o seu legado para que outras gerações do grupo possam existir.
É no meio de todas essas questões envolvendo a existência do grupo que a sequência em questão acaba definindo a sua narrativa. O roteiro consegue assim manter o seu ritmo, trocando apenas os elementos necessários para uma nova abordagem dentro de questões bem parecidas com o primeiro, sendo também acompanhado por suas referências e piadas de contexto apresentadas no original. Obviamente, em alguns momentos isso causa aquele sentimento de estar assistindo ao mesmo filme, mas em outros apenas cria o necessário para ser trabalhado em uma continuação. Sendo assim, é válido destacar que a produção consegue muito bem seguir a linha necessária da franquia, contando ainda uma direção simples e eficaz de Elizabeth Banks em sua estreia por trás das câmeras.
Sobre as personagens, as questões também não mudam muito. Mais uma vez Beca está frustrada e não se encontra em harmonia com o grupo em questão, mas dessa vez a mudança fica pelo fato de que ela não é a única. Mesmo que estejam dedicadas e focadas com um objetivo, logo outros problemas de personagens como Amy Gorda e Chloe são expostos e vão ganhando uma certa importância para todo o filme. Um bom exemplo disso é que elas encontram respostas apenas juntas, em uma conversa que as frustrações ficam bem claras.
Ainda assim, no meio de tantas questões envolvendo as situações do grupo, o título ainda encontra espaço para introduzir uma nova personagem que deve ser a liderança do que está por vir e também focar mais um pouco no que Beca espera para a sua vida após a faculdade. Um medo comum que é mostrado através de buscas de sonhos, fazendo com que a trama acabe evoluindo muito bem em várias questões.
Mesmo assim, o grande foco ainda acaba sendo o grupo como um todo e o seu caminho para o desfecho envolvendo o campeonato mundial. Todas as questões envolvendo introdução de novos nomes, questões profissionais e motivações servem muito bem para guiar as protagonistas até o seu último ato, que não é muito diferente de outras abordagens já conhecidas pelo público em produções de outros gêneros. Afinal, é a grande competição. Um padrão é claramente seguido, mas os efeitos necessários são alcançados para um final interessante no meio do grande duelo entre o grupo dos EUA e Alemanha. No final, A Escolha Perfeita 2 prova exatamente aquilo que já era esperado: ela não busca ser algo mais do que um bom entretenimento para o seu público, deixando claramente aberturas para uma continuação e construção de uma franquia musical jovem.
