THE FOLLOWING 2ª TEMPORADA | EM DVD / BLU-RAY

The Following 2ª temporada
The Following 2ª temporada

Não é de hoje que serial killers marcam presença nas séries de TV. No cinema eles já garantiram o seu espaço há  algum tempo com diversos sucessos, mas na televisão Dexter foi um dos grandes responsáveis por encontrar um caminho de destaque para tal temática. Não que eles estivessem escondido, mas o fator de colocar um assassino em série ajudou bastante e criou uma curiosidade. E assim, Kevin Williamson seguiu os passos para apresentar ao mundo o programa The Following. Com uma abertura de impacto e a primeira temporada estruturada através dos assassinatos e o culto de Joe Carroll, logo o público passou a acompanhar uma caçada alucinante, recheada de reviravoltas e com muitas referências ao escritor Edgar Allan Poe.

Entretanto, para isso um nome de destaque também era preciso, sendo que Kevin Bacon foi escolhido como o grande protagonista para interpretar Ryan Hardy. É através do seu conhecimento e da experiência em caçar Carroll que o caso é a trama é construída, além de todo o seu envolvimento emocional em torno da vida do psicopata. Um primeiro ano que gerou uma resolução de impacto, mas que com a chegada da 2ª temporada em DVD promete novas descobertas.

A trama retorna momentos após o final do ano 1, com o serial Killer e líder de culto Joe Carroll (James Purefoy) tido como morto. Com isso, após uma tragédia inesperada, o ex-agente do FBI Ryan Hardy (Kevin Bacon) passou um ano todo reconstruindo sua vida. Mas uma horrível matança motiva Hardy e seu ex-parceiro, o agente Mike Weston (Shawn Ashmore), a contatar a única sobrevivente, Lily Gray (Connie Nielsen). À medida que Hardy investiga o ocorrido com a ajuda de sua sobrinha, a policial do Departamento de Polícia de Nova York, Max Hardy (Jessica Stroup), não demora muito antes que ele seja mais uma vez o alvo de um assassino. Com a introdução de novos personagens e o retorno de nomes conhecidos, Hardy acaba se envolvendo novamente e tendo que encarar um novos desafios e um grande jogo de assassinatos.

O fator mais interessante na 2ª temporada de The Following é o seu início, já que o contexto é bem modificado na perspectiva do FBI para os criminosos. Afinal, não é o culto de Joe Carroll quem começa no centro  das atenções, já que novos personagens surgem assassinando pessoas. É uma novidade no programa, mas que logo é também atrapalhada pelo desenvolvimento do seu roteiro entre altos e baixos. A melhor abordagem criada é em cima dos gêmeos Mark e Luck (interpretados por Sam Underwood), já que desde os primeiros momentos eles apresentam momentos psicóticos e situações recheadas de um humor negro. Digno de serial killers, se encaixando perfeitamente na ambientação do título. Enquanto isso, direção e fotografia não apresentam mudanças, seguindo os padrões anteriores. A produção também não deixa a desejar.

Buscando inovações em sua narrativa, o projeto também utilizou o salto temporal inicial e buscou explorar flashbacks, mostrando a situação do seu protagonista após certos acontecimentos e o seu estado no presente. Entretanto, é na aproximação de Ryan e Mike com o decorrer dos episódios que situações são desenvolvidas, mostrando traumas nas vidas de ambos e colocando as decisões do mais novo também em check após ele ser afetado pelo novo “fã-clube” de Joe. A partir de então, uma mudança de comportamentos é completamente mostrada não apenas na visão dos policiais, mas também do seu antagonista em momentos futuros. Após o seu retorno, o assassino passa por algumas situações, até encontrar um novo caminho e lar em uma seita já criada, corrompendo suas crenças e retornando ao aspecto de líder. Todos são ótimos aspectos, deixando a temporada interessante. Entretanto, não conseguem manter o ritmo.

Esse caminho construído para Joe Carroll tem 3 ou 4 momentos na 2ª temporada, mas conseguem ser eficientes e contraditórios ao mesmo tempo. A eficiência fica pelo retorno ao jogo de inteligência após sua trajetória conturbada de se esconder, conhecer novos aliados, chegar a conclusão de que aquilo não é o que esperava e caminhar para um novo momento de liderança. Enquanto isso, o que faz o projeto gerar certa contradição é que ele acaba resultando praticamente em um mesmo fim. Os mesmos erros são cometidos no decorrer dos capítulos, sendo salvos apenas pela introdução dos gêmeos e Lily Gray (Connie Nielson). Max Hardy (Jessica Stroup) também é uma adição interessante para o contexto mostrado. Entretanto, mesmo com dilemas e circunstâncias bem apresentadas, boas atuações e caminhos diferentes para o programa, o quarteto não é bem aproveitado em boa parte.

 Verdade seja dita: erros são cometidos no desenvolvimento da 2ª temporada. O maior deles? Não saber construir um caminho diferente. Mesmo possuindo novos personagens que foram bem aceitos pelo público, a série de TV continuou centrada em seus dois protagonistas e soube apresentar isso em alguns momentos, mas errando em outros. O ponto positivo é a relação de amor e ódio dos personagens, que se faz novamente presente desde o seu reencontro. A química entre Bacon e Purefoy é instigante, ainda mais dentro de toda a perspectiva de inteligência e vingança que existe entre eles. Um ponto certo foi o de mudar o temperamento e criar um trauma na vida de Mike, assim como os gêmeos são o outro lado perfeito para mostrar situações doentias através de seus crimes. São esses três personagens que chamam mais atenção, com destaque para os gêmeos e a ótima atuação de Sam Underwood.

Os retornos já eram esperados pelo espectador, já  que era evidente que as perdas não tinham acontecido. Explicações são apresentadas no caminho, começando com a existência de um irmão de Carroll, até uma proteção a testemunha para Claire. Contudo, o lado negativo gira em torno do fato de que é chato ver um roteiro se repetir e cometer erros que eram claros em seu ano de estreia. As contestações eram as mesmas, as decisões também e o final é simplesmente decepcionante e forçado em diversos níveis. Seria mais eficiente o projeto saber aproveitar suas outras vertentes, coisa que fica a esperança para o terceiro ano. Infelizmente, foram os caminhos dos protagonistas de The Following que deixaram o programa cometer erros. No mais, com outros personagens, a intensidade e evoluções foram corretas, fazendo com que a série fosse salva de um fiasco e criando um intrigante mistério para o próximo ano em uma de suas cenas finais.

Classificação:
Bom

Amante de filmes, séries e games, criou o Jornada Geek em 2011. Em 2012 se formou em Jornalismo pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF), e a partir de então passou a fazer cursos com foco em uma especialização em SEO. Atualmente é responsável por desenvolver conteúdos diários para o site com focos em textos originais e notícias sobre as produções em andamento. Considera Sons of Anarchy algo inesquecível ao lado de 24 Horas, Vikings e The Big Bang Theory. Espera ansioso por qualquer filme de herói, conseguindo viver em um mundo em que você possa amar Marvel e DC ao mesmo tempo.