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Na trama, os lobisomens tomaram conta do quarteirão francês em Nova Orleans pela primeira vez em muitos séculos, deixando o híbrido vampiro-lobisomem Klaus Mikaelson tramando sua vingança e jurando eliminar qualquer um que ameace a vida de Hope. Na medida em que antigos segredos familiares são revelados e que a matriarca dos Mikaelson retorna para fazer suas conhecidas demandas, fica claro que uma batalha sangrenta e desleal está se armando com cada vez mais intensidade. Com isso, Klaus, Elijah, e Harley passam a buscar tréguas incomuns, construir vastos exércitos e dar o troco ao reclamarem para si o controle sobre a cidade. Tudo isso, obviamente, sem esquecer de garantir a segurança da mais nova Mikaelson.
Uma coisa é certa no programa em questão: a luta pelo poder continua tomando conta de cada episódio. Claro, inimigos mudam, assim como aliados. O mais interessante, obviamente, fica por conta do conflito interno envolvendo a família Mikaelson em boa parte da temporada. Ainda assim, alguns pontos envolvendo os seus personagens acabam se tornando repetidos. Amores proibidos e triângulos amorosos são dois deles que merecem um destaque negativo por conta de um foco excessivo. No resto, a produção mantém um nível interessante de conflitos e evolução, mesmo que esteja também longe de ser perfeito por conta da sua oscilação.
Só para ter uma ideia, o tema que mais chama atenção chega mesmo na sua segunda parte. A introdução de Freya, as revelações envolvendo o seu passado e o perigo que ronda a família protagonista e a pequena Hope são realmente pontos que marcam a verdadeira evolução da temporada. Aqui sim mudanças acontecem, ameaças são feitas e um conflito nasce. Todas as questões envolvendo lobisomens, bruxas e vampiros acabam sendo misturadas e reviravoltas também marcam presença neste caso por conta das decisões de alguns personagens.
Ainda assim, como sempre o que é mais interessante em The Originals são as atitudes dos seus personagens em busca daquilo que tanto desejam. Joseph Morgan encontra o grande destaque mais uma vez na pele de Klaus, enquanto Claire Holt acaba passando a fazer falta em parte da temporada. Não que a substituta da atriz seja ruim, mas o plot em questão desagrada exatamente pela troca ter que acontecer em cima de algo com que o público já estava acostumado. Com o tempo isso some, obviamente, mas Maisie Richardson-Sellers fica apagada em frente aos já tradicionais personagens e intérpretes do programa.
No geral, infelizmente o segundo ano da série protagonizada pelos personagens que marcaram a melhor época de The Vampire Diaries não é totalmente positivo. Boa parte da temporada é cansativa por conta da sua abordagem envolvendo os personagens e o sentimentalismo que ronda tudo aquilo de uma forma errada. Você sente falta do vilanismo, que retorna apenas quando Klaus entende que deve fazer o seu jogo pelo futuro da filha. Ali, naqueles momentos é perceptível a mão certa na trama. Afinal, o mais chamativo na família original são as suas decisões pelos caminhos tortos. Com isso, a reta final do ano e os mistérios mostrados ainda acabam salvando tudo de um completo fiasco e criando uma certa expectativa e promessa de melhorias sobre o que está por vir para o programa.
